A varíola dos macacos têm assustado as pessoas ao redor do mundo. Hoje vamos entender de fato o que é a doença, como ela se manifesta e quais são as ações de prevenção.
O que a varíola dos macacos?
Também conhecida como Monkeypox, a varíola dos macacos é uma zoonose viral- que pode ser transmitida aos seres humanos a partir de um animal- e seus sintomas são semelhantes ao da varíola, com uma gravidade menor.
Sua descoberta aconteceu em 1958, quando dois surtos de varíola aconteceram em uma colônia de macacos que eram mantidos para pesquisa. Por isso foi dado o nome de “Monkeypox”.
O primeiro caso da doença aconteceu na República Democratica do Congo, em 1970. Desde então, casos pontuais foram relatados da África Ocidental e Oriental e a erradicação da varíola aconteceu em 1973, dispensando inclusive o uso de vacinas.
Este ano, novos casos voltaram a aparecer ao redor do mundo e também no Brasil.
Como acontece a transmissão?
A transmissão do vírus acontece principalmente por meio do contato direto ou indireto com o sangue, lesões de pele ou mucosa de animais infectados e fluidos corporais.
Já a transmissão de pessoa para pessoa pode acontecer por contato com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou superfícies contaminadas.
A transmissão vertical ou durante o contato próximo no pós-parto também pode
acontecer. Além disso, o período de transmissão da doença se encerra somente quando as crostas das lesões desaparecem.
Sintomas
O período de incubação da doença- que significa o intervalo desde a infecção até o início dos sintomas – geralmente acontece entre 6 e 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.
Existem duas fases da doença: a primeira delas é o estado febril que traz outros sintomas junto e o período de erupção cutânea.
Período febril
Entre os dias 0 e 5 alguns sintomas são mais aparentes, entre eles temos:
- Febre;
- Dor de cabeça intensa(cefáleia);
- Inchaço dos gânglios linfáticos(adenopatia);
- Dor nas costas;
- Dores musculares;
- Falta de energia ( astenia intensa).
Um ponto importante a ressaltar é de que o inchaço dos gânglios linfáticos pode ser um sinal diferencial para o diagnóstico da varíola dos macacos, já que outras doenças podem apresentar sintomas parecidos como a varicela e o sarampo.
Erupção cutânea
O período para início dos sintomas de erupção cutânea, acontece entre o primeiro e o terceiro dia após o início da febre.
Geralmente se inicia no rosto e depois se espalha para o resto do corpo. As áreas mais afetadas são as palmas das mãos e os pés. Além disso, as mucosas orais, genitálias e a área dos olhos também podem ser afetadas.
As feridas iniciais se dão com lesões mais planas, depois da erupção total criam crostas e um líquido amarelado. Esse processo acontece dentro de cerca de 10 dias e a intensidade de sintomas varia de acordo com o sistema imune de cada paciente.
Existe o risco de complicações mais graves da varíola do macaco e entre elas nós temos as infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão.
Segundo a cartilha publicada pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA) a taxa de letalidade variou de 0 a 11% na população geral e seu número é maior entre as crianças.
A recomendação caso apareça algum desses sintomas citados é de procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível.
Prevenção contra a varíola dos macacos
Higienização das mãos e uso de máscara
A prevenção contra a varíola dos macacos pode ser feita através de uma boa higienização das mãos, atitude que já estamos acostumados após a pandemia da Covid-19.
Sempre devemos higienizar com água e sabão e se possível utilizar o álcool gel.
Além disso, o uso de máscaras é imprescindível para que a prevenção seja feita corretamente.
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