De modo geral, a medicina diagnóstica por imagem vem em um processo evolutivo sem precedentes. E a criação da tomografia prova disso!
Em suma, por volta de 1950, este setor começou a avançar de forma mais significativa, junto ao crescimento de pesquisas na área óptica e tecnologia da informação.
Assim, no Brasil, o primeiro tomógrafo computadorizado foi instalado no Hospital Beneficência Portuguesa, na cidade de São Paulo.
A primeira avaliação realizada aconteceu em uma mulher de 41 anos com um tumor do lobo frontal esquerdo, em 1971.
Atualmente, os tipos mais utilizados são as tomografias helicoidais multislice, ou seja, de múltiplos cortes, como se fossem várias espirais girando ao mesmo tempo.
Como é realizada a tomografia?
Em resumo, podemos dizer que a tomografia computadorizada é uma espécie de “evolução” do raio-x.
Quando falamos em exames de imagem, a tomografia oferece uma método de diagnóstico que passa a enxergar em 360 graus.
Por isso, o exame gera imagens em fatias, que podem ser analisadas de qualquer ângulo e plano.
Por esse motivo, está disponível para o diagnóstico de lesões ortopédicas e na investigação de diversas doenças.
Atualmente, há uma diversidade de exames, que permite aos médicos a visualização fiel do esqueleto, dos pulmões e das vias aéreas, coração bem como dos demais órgãos, sem ser invasivo aos pacientes.
Tomografia com contraste: para que serve?
A princípio, a tomografia com contraste é necessária para destacar as áreas do corpo que estão sendo examinadas.
O material de contraste atenua os raios-X, que aparece branco nas imagens, o que pode ajudar a enfatizar vasos sanguíneos, estruturas vascularizadas, inflamadas, infectadas ou tumores.
Costuma ser mais usado em tomografias de abdômen e pescoço e em indicações em tomografia de tórax, neuro e ortopedia, porém por ser um contraste iodado, ela apresenta algumas contraindicações.
Como o contraste é administrado?
- Via oral: se o esôfago, estômago ou intestino estiver com suspeita de lesão, pode ser necessário ingerir contraste por via oral.
- Por injeção venosa: os agentes de contraste podem ser injetados através de uma veia do braço para ajudar a caracterizar melhor pâncreas, o trato urinário, o fígado ou os vasos sanguíneos a sobressair nas imagens. Sensações de calor durante a injeção ou gosto metálico na boca são comuns
- Por enema: um material de contraste pode ser inserido no reto para ajudar a visualizar o intestino grosso (reto e cólon). Este procedimento pode provocar inchaço e desconforto
Efeitos colaterais do contraste
- Reações adversas;
- Reações alérgicas;
- Falta de ar (principalmente em pessoas com tendência a broncoespasmos, como quem sofre de asma, ou doença pulmonar obstrutiva crônica);
- Sensação de calor ou rubor;
- Gosto metálico;
- Tontura;
- Náusea;
- Urticária;
- Alteração da pressão sanguínea.
A importância do exame de creatinina para a tomografia
O contraste utilizado nos exames de tomografia (a base de iodo), em muitos casos, fundamental para a realização de um diagnóstico correto e preciso, é eliminado através dos rins.
Quando os mesmo não estão saudáveis, (no caso de pacientes com doenças renais), pode ser prejudicial a eles, causando acentuação dessa disfunção renal.
Por isso aos pacientes que relatam doença renal ao agendar uma tomografia, e que necessite de contraste, sempre é solicitado que apresente o exame de creatinina (substância marcadora da função renal).
Importante que este exame seja recente, pois por meio dele, será realizado um cálculo que considera o peso e idade do paciente, para estimar o grau de função dos rins.
Desta forma, é possível saber se o paciente se encontra na faixa de segurança para uso do contraste.
Procedimento caso o exame não esteja na faixa de segurança
Quando esta estimativa está fora da faixa de segurança absoluta, é entregue ao paciente uma carta para ser levado ao médico solicitante.
Este processo é realizado, pois, existem diferentes faixas de risco para dano ao rim pelo contraste (algumas menores que 2%) e medidas podem ser tomadas visando minimizar os riscos.
A ideia é deixar paciente e medico alerta parta discutir as alternativas pertinentes de forma individualizada, buscando um exame seguro e garantindo o diagnóstico de forma precisa.
O papel dos rins
Os rins são responsáveis por manter o equilíbrio das mais diversas substâncias no nosso organismo e eliminar toxinas, sendo por isso popularmente chamado de filtro do sangue.
Ao realizar este processo, o rim produz a urina, que contém estas substâncias e toxinas indesejáveis.
Pode-se, portanto imaginar que se os rins estiverem acometidos por doença, a pessoa perceberá alteração na quantidade ou nas características de sua urina.
No entanto, isto nem sempre é verdade, pois em muitas das doenças renais este acometimento é silencioso, e o paciente nota quando a função renal já esta razoavelmente comprometida.
Por isto a necessidade do exame de creatinina para saber com exatidão como está a função dos rins.
Neste caso, o exame é solicitado para pacientes que relatem já terem tido problema renal, idosos, portadores de patologias renais ou pressão alta.
O riso do contraste em paciente diabéticos
O diabetes é uma doença em que o organismo perde a capacidade de regular de forma adequada a quantidade de açúcar no sangue.
Em taxas muito altas e durante anos (hiperglicemia), pode causar danos em diversos órgãos, sendo os rins um dos mais afetados.
Como já mencionado anteriormente, os problemas renais são silenciosos, por esse motivo para pacientes diabéticos que necessitam realizar a tomografia com contraste é solicitado também o exame de creatinina.
Como se preparar para a tomografia
Primeiramente, o paciente deve realizar jejum conforme a orientação, de quatro horas para minimizar possibilidade de náusea, e em caso de vômitos, não haver risco de aspirar resíduos alimentares.
No entanto, nenhum medicamento de uso contínuo deve ser suspenso.
Tomar um ou alguns comprimidos com um copo de água não afetará o risco desse jejum.
Especialmente as medicações para pressão arterial (uma vez que a ansiedade gerada pela situação do exame e injeção do contraste, e eventualmente por algum efeito do mesmo), pode ocasionar a elevação da pressão.
Outras medicações que não devem ser deixadas de tomar no dia do exame em hipótese alguma são aquelas para tratar asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica.
Isso porque sem elas o contraste pode provocar uma crise de broncoespasmo, e com isso gerar falta de ar e até mesmo necessidade de inalação de urgência.
Recomendações pós-tomografia
Após o exame, é possível retornar normalmente à rotina e usar todas as medicações de costume.
Caso o paciente tenha recebido material de contraste da tomografia, é recomendado beber bastante líquido para ajudar os rins a remover o material do corpo.
Em resumo, em alguns casos, é solicitado ao paciente que aguarde por um curto período antes de sair da clínica, como forma de segurança.
Além disso, é muito importante a hidratação pós exame. Entenda melhor:
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