Superfungo Candida auris: quais são os perigos?

superfungo Candida auris

Quatro casos de infecção pelo superfungo Candida auris já foram confirmados no Brasil, mais precisamente em Belo Horizonte, no Hospital João XXIII. Dois pacientes já tiveram alta, um segue internado e o último veio a óbito. Mas é importante ressaltar que a morte nada tem a ver com o vírus, mas sim como consequência dos ferimentos que o levaram à internação. 

 

Além desses casos, outros 22 seguem sendo observados na mesma unidade médica, pois há suspeita de contaminação. 

 

Neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, tirando algumas dúvidas da população a respeito do fungo e mostrando o que fazer para evitá-lo. Para saber mais, continue a leitura!

Primeiros casos da doença

O superfungo Candida auris apresentou seu primeiro caso ainda em 2009 no Japão. A infecção aconteceu no ouvido da paciente, onde os médicos identificaram a presença do microorganismo. 

 

Após isso, outros casos foram identificados em outros países, como: Colômbia, Venezuela, África do Sul, ìndia, Reino Unido, Espanha, Estados Unidos e Brasil.

 

O Candida passou a ser chamado de super por ser um fungo capaz de resistir a praticamente todos os medicamentos antibióticos existentes. 

 

É comum que esses surtos aconteçam em ambientes hospitalares e aqui no Brasil isso não foi diferente. Entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, alguns casos foram identificados em um hospital em Recife, Pernambuco.

O que é o Superfungo Candida Auris?

 

Trata-se de um um fungo que tem o poder de causar infecções mais graves, inclusive levando a alta taxa de mortalidade. Esse microrganismo tem características de multi resistência, levando a diversos casos. 

 

Transmissão

 

O contato direto é o principal meio de transmissão do superfungo Candida auris, principalmente pelas mãos. Dessa forma, quando uma pessoa contaminada não faz a higienização correta das mãos, o fungo pode permanecer nelas, sendo repassado para outras extremidades. 

 

Quais são os sintomas da Candida auris?

O superfungo Candida auris pode ser encontrado no organismo humano através de diversos tipos de infecções. O primeiro caso, identificado na Ásia em 2009, surgiu por meio de uma infecção no ouvido. Mas a verdade é que existem registros do fungo no trato urinário, por exemplo. 

 

Dessa forma, não é possível identificar exatamente quais são as principais áreas afetadas pelo microrganismo. Entretanto, os sintomas costumam ser: 

  • febre; 
  • tontura e náuseas;
  • alteração da pressão arterial; 
  • dificuldade para respirar,
  • aceleração do ritmo cardíaco.

 

Como é transmitido o superfungo?

 

Como citamos anteriormente, o superfungo Candida auris costuma estar relacionado aos ambientes hospitalares. Mas os hábitos dos pacientes pode fazer toda diferença no processo de transmissão. Veja os principais causadores do microrganismo: 

 

  • uso exagerado ou errado de antibióticos e antifúngicos;
  • internação prolongada;
  • dispositivos médicos invasivos no corpo do paciente;
  • falta de higiene;
  • transmissão entre pacientes de um mesmo hospital;
  • criação de resistência a determinados remédios

 

Dessa forma, o que fica claro é que pacientes que usam antibióticos de maneira prolongada estão mais suscetíveis a ação do superfungo. Afinal de contas, quando consumidos em excesso, esses remédios podem eliminar as bactérias responsáveis por combater a contaminação por Candida.

 

Dentro dos ambientes hospitalares, a transmissão pode acontecer quando os itens médicos e de uso cotidiano estão contaminados. Por essa razão, pacientes em recuperação dentro de hospitais são os que mais merecem atenção na luta contra esse fungo. É preciso lembrar que, algumas dessas pessoas podem estar tratando doenças crônicas que deixam o sistema imunológico mais fraco. 

ambiente hospitalar

 

O que mata Candida auris?

 

Por ser uma condição relativamente nova, o superfungo Candida auris é uma questão ainda em estudo. Muitos especialistas têm tentado entender porque os antifúngicos não conseguem quebrar a resistência do microrganismo.

O mais indicado é que as doses de medicamentos sejam maiores, conforme a necessidade do corpo do paciente e como seu organismo reage ao tomá-los. Esse tipo de estratégia faz toda diferença para melhorar as chances de sucesso no tratamento. 

 

A proliferação do fungo na corrente sanguínea pode ser muito perigosa, já que pode levar a uma infecção generalizada, podendo levar à morte. Por isso, tratar o quadro com antecedência pode fazer toda diferença no resultado. 

 

Como evitar novos casos?

 

Os hospitais precisam ter uma infraestrutura de vigilância para que o fungo seja detectado assim que surgir. Essa é uma das principais estratégias para evitar surtos dentro das instituições de saúde. 

 

Quando falamos de dicas individuais, o ideal é que a população tome cuidado com hábitos de higiene. Dessa forma, é preciso lavar as mãos com frequência, além de se certificar que os itens e equipamentos dos hospitais estão devidamente esterilizados. 

 

Considerações finais

O superfungo Candida auris surgiu em 2009, causando alguns surtos em países da Ásia, África, Europa e América do Sul. Entretanto, poucos casos foram registrados, deixando a situação controlada. Mas nos últimos dias, um hospital brasileiro detectou quatro casos da doença. Mas será que é motivo para desespero?

 

Na verdade o problema costuma acontecer em ambientes hospitalares, principalmente acometendo pessoas internadas e com imunidade mais baixa. Por isso, é muito importante ter bons hábitos de higiene ao frequentar leitos de hospital. 

 

De qualquer forma, a prevenção é sempre a melhor saída. Assim, lave suas mãos ao entrar e sair de um hospital e fique atento aos sintomas