Antes de mais nada, é importante dizer que o câncer de mama é a doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil.
Desta forma, entre 2023 e 2025, a estimativa é de 73 mil casos novos de câncer de mama segundo O Instituto Nacional do Câncer (INCA). Excluído o câncer de pele não melanoma.
Este é o mais frequente nas mulheres das regiões, sul, sudeste, centro-oeste e nordeste.
Contudo, o câncer de mama não acomete somente mulheres, ele também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Apesar disso, a doença é tratável, por isso é muito importante que ele seja descoberto cedo para o início do tratamento.
Estudos sobre o Câncer de Mama
Inicialmente, diversas pesquisas apontam para diferenças significativas entre as populações que mantêm hábitos saudáveis e aquelas que não os adotam. Isso não se aplica apenas ao câncer de mama, mas a uma variedade de outros tipos de câncer e doenças relacionadas.
No entanto, é crucial ressaltar que, com o aumento da expectativa de vida, muitas pessoas têm a oportunidade de viver mais tempo e com melhor qualidade de vida, desde que prestem atenção ao seu comportamento e estilo de vida.
Portanto, o primeiro passo para a mudança é estar ciente do que é aconselhável para manter um estilo de vida saudável.
A saúde é essencialmente baseada em três pilares:
- Seguir as orientações médicas relativas a cuidados e tratamentos;
- Adotar uma alimentação balanceada;
- Praticar atividade física regularmente, sempre sob orientação;
- Em qualquer estágio da vida, a adoção de um estilo de vida saudável terá um impacto significativo na saúde, energia e vigor do indivíduo.
No contexto do câncer, é importante considerar que existem fatores de risco que podem ser controlados através do comportamento individual e outros que estão além do controle individual.
Tipos de Câncer de Mama
O câncer de mama tem diferentes tipos, que podem variar dependendo de onde a doença começa e até que ponto ela se espalha. Aqui estão alguns dos tipos mais comuns:
Carcinoma Ductal In Situ (Não Invasivo)
Este é um tipo não invasivo de câncer de mama, o que significa que as células que revestem os dutos são cancerígenas, mas não invadem os tecidos mamários circundantes. O Carcinoma Ductal In Situ apresenta altas taxas de cura e baixo risco de metástase.
Carcinoma Ductal Invasivo
Este é o tipo mais comum de câncer de mama, representando cerca de 70% dos casos. O Carcinoma Ductal Invasivo começa nos ductos de leite, mas pode se espalhar para outros tecidos da mama. Este tipo de câncer apresenta um maior risco de metástase, podendo se disseminar através do sistema linfático e da circulação sanguínea.
Carcinoma Lobular In Situ (Não Invasivo)
Este tipo de câncer começa a se desenvolver nas glândulas produtoras de leite (lóbulos) das mamas. Entretanto, por ser “in situ”, ou seja, no local de origem, não invade o tecido mamário adjacente.
Carcinoma Lobular Invasivo
Como o nome sugere, este tipo de câncer se desenvolve nos lóbulos (glândulas produtoras de leite) das mamas e pode invadir o tecido mamário adjacente. De forma similar ao câncer de mama ductal, o Carcinoma Lobular Invasivo também pode ser difícil de detectar em seus estágios iniciais.
Essas são descrições simplificadas dos tipos mais comuns de câncer. Cada paciente é único e cada caso de câncer de mama pode variar. Portanto, é crucial ter conversas aprofundadas com profissionais de saúde sobre o diagnóstico e as opções de tratamento.
Doença de Paget da Mama
A Doença de Paget da mama é um raro tipo de câncer que se localiza principalmente na região das aréolas e mamilos. Seus sintomas principais incluem vermelhidão, dor, sensibilidade e prurido (coceira).
Câncer de Mama Inflamatório
O câncer de mama inflamatório é um tipo de câncer considerado raro e notável devido às suas características distintas. Este câncer ocorre quando os vasos linfáticos da pele da mama são bloqueados pelas células cancerígenas, impedindo assim a drenagem linfática adequada das mamas. Como resultado, pode provocar um inchaço notável nas mamas, o que pode dificultar o diagnóstico.
Fatores de risco que aumentam a chance do câncer de mama que dependem do comportamento do paciente
Sobrepeso e Obesidade
Estar acima do peso é um fator que pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença. É crucial prestar atenção ao seu bem-estar físico. Adotar um estilo de vida mais saudável pode proporcionar inúmeros benefícios, incluindo a prevenção do câncer de mama.
Sedentarismo
A prática regular de atividades físicas é uma eficaz maneira de reduzir o risco dessa e de demais doenças. É aconselhável se exercitar entre 3 a 4 horas semanais. Comece de forma gradual, com caminhadas diárias de 15 minutos, aumentando progressivamente a duração e a intensidade do exercício.
Consumo de Álcool
O consumo de álcool, mesmo em quantidades moderadas, é considerado um fator de risco para vários tipos de câncer, incluindo o de mama. Três doses de álcool por semana podem aumentar o risco de câncer em 15% e cada dose adicional aumenta esse risco em 10%. Uma dose é considerada como 350 ml de álcool, 150 ml de cerveja ou 50 ml de destilado.
Tabagismo e o câncer de mama
O tabagismo está associado a diversas doenças, como acidentes vasculares cerebrais (AVC), infartos, câncer de pulmão, e também ao aumento do risco de câncer de mama, particularmente em mulheres mais jovens, pré-menopausa. Estudos também indicam uma possível conexão entre a exposição excessiva ao fumo passivo e o risco de câncer de mama em mulheres pós-menopausa.
Além disso, fumar pode acarretar complicações durante o tratamento do câncer de mama, incluindo danos aos pulmões causados pela radioterapia, dificuldade na cicatrização após cirurgia e reconstrução mamária, e aumento do risco de coágulos sanguíneos quando se utiliza medicamentos para terapia hormonal.
Fatores de Risco Independentes do Comportamento do Paciente
Embora certos fatores de risco para o câncer de mama estejam ligados ao estilo de vida e comportamento, existem outros que estão fora do controle do indivíduo. Nestes casos, a melhor abordagem é seguir orientações médicas para detectar precocemente. Tais fatores incluem:
- Idade: O risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, sendo maior em mulheres com 40 anos ou mais no Brasil;
- Genética: Possuir ou herdar um gene com mutação para câncer de mama também é um fator de risco significativo;
- Histórico familiar: O histórico familiar ou de ovário antes dos 50 anos em parentes de primeiro grau pode aumentar o risco;
- Histórico pessoal de câncer: Indivíduos que já tiveram câncer têm uma probabilidade 3 a 4 vezes maior de desenvolver um novo câncer;
- Tratamento radioterápico prévio: A radioterapia prévia na região do tórax ou rosto antes dos 30 anos pode aumentar o risco;
- Diagnóstico prévio de alterações em biópsias: Certas alterações diagnosticadas em biópsias podem aumentar proporcionalmente o risco de câncer de mama, como hiperplasia ductal sem atipia, fibroadenoma complexo, adenose esclerosante, papiloma ou papilomatose, cicatriz radial; hiperplasia ductal atípica e hiperplasia lobular atípica; e Carcinoma lobular in situ (LCIS);
- Mamas densas: Na mamografia, mamas densas podem duplicar o risco de desenvolvimento de câncer de mama;
- Histórico menstrual: O início da menstruação antes dos 12 anos (influenciado por fatores como obesidade e exposição a desreguladores hormonais) e a menopausa após os 55 anos, são fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença.
Desta forma é possível observar que muitos fatores para a prevenção do câncer de mama e de outras doenças estão nas mãos de pacientes.
Assim, cabe a cada um, a decisão de levar um estilo de vida mais saudável que distancie do risco de doenças que podem vir atrapalhar a qualidade de vida.
Esperamos que esse texto tenha contribuído para sua jornada.