Pneumonia em idosos: sintomas, diagnóstico e tratamento

pneumonia em idosos

Boa parte dos casos de pneumonia são detectados nos idosos, ou seja, pessoas com mais de 60 anos. Isso ocorre porque esse é um grupo considerado de risco, estando mais suscetível a algumas doenças, inclusive as respiratórias.

Por isso, é muito importante compreender como a pneumonia em idosos surge, como é feito o diagnóstico e qual o tratamento adequado. Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, explicando todos esses detalhes. Para saber mais, continue a leitura!


O que é pneumonia em idosos?


A pneumonia em idosos é uma infecção que atinge um ou os dois pulmões, trazendo mais dificuldades para a entrada e saída do oxigênio. Dessa forma, esse é um problema que afeta diretamente a respiração do paciente.

Mesmo tendo tratamento, a pneumonia é uma doença que pode se agravar em pouco tempo, principalmente em pessoas mais velhas. Isso acontece porque esse é um grupo que tem um organismo mais frágil, apresentando maiores dificuldades para combater os agentes infecciosos.

É importante destacar que existem 4 tipos de pneumonia em idosos: a bacteriana, viral, fúngica e a química. Cada uma delas tem sua forma de contágio e características específicas.

Sintomas da doença


A pneumonia em idosos pode aparecer de maneiras diferentes, tornando o diagnóstico mais difícil. Por essa razão, é muito importante entender quais são os sinais apresentados pelo paciente. 

É muito comum que pessoas mais novas tenham febre, tosse e dor no peito. Enquanto os idosos se mostram mais cansados, desanimados e com mudanças no estado mental. Nesses casos, os sintomas tradicionais podem não aparecer.

Por ser um quadro inespecífico nessa faixa etária, fica mais difícil encontrar informações que indiquem a presença da enfermidade. Por isso, os médicos recomendam muita atenção a qualquer mudança no comportamento do idoso.


Perigos da pneumonia nos idosos


Como pudemos ver, pessoas com mais de 60 anos são consideradas grupo de risco para diversas doenças, principalmente aquelas que atingem o sistema respiratório. Isso costuma acontecer por se tratar de um público com a imunidade mais baixa, se comparada a das pessoas mais jovens.

Além da idade, outros fatores podem contribuir para a gravidade da pneumonia em idosos, são eles:

tabagismo;
consumo excessivo de álcool;
uso constante de ar-condicionado;
exposição a um clima muito seco;
gripes e resfriados não curados;
asma ou bronquite;
mudanças bruscas no ambiente e na temperatura;
se manter em locais mal ventilados;
desnutrição;
uso de alguns medicamentos.

Todos esses fatores acabam deixando o sistema imunológico do pulmão ainda mais enfraquecido. Por isso, no inverno, é muito comum que surjam mais casos de doenças respiratórias, inclusive pneumonia. Afinal de contas, quando as temperaturas estão muito baixas, as vias aéreas ficam mais irritadas e com o funcionamento comprometido>

Este é o momento em que diversos vírus, fungos e bactérias aproveitam para iniciar o processo de infecção, deixando o paciente debilitado.


Diagnóstico


Como vimos anteriormente, é preciso se atentar aos sintomas para diagnosticar a pneumonia em idosos. O primeiro passo é procurar um médico especialista para realizar um exame clínico, com auscultação dos pulmões, além de outros testes.

É muito comum que o especialista solicite exames de imagem, como radiografias do tórax e tomografia computadorizada. Ambos são recursos muito importantes no diagnóstico correto da doença, facilitando a identificação do tratamento adequado para a doença.

radiografia de pulmão

Como tratar a pneumonia em idosos


A definição do tratamento adequado vai depender de uma série de fatores. Para isso, o médico precisa entender a gravidade do quadro do paciente e o tipo de infecção que o acometeu:

No caso de pneumonias bacterianas, o antibiótico é o principal método de controle da doença. Eles podem ser administrados via oral ou intravenosa. Além disso, o tipo de remédio receitado vai depender do tipo de bactéria no organismo. Já as pneumonias virais têm tratamento realizado com medicamentos antivirais.

Dependendo do caso, o profissional pode recomendar a oxigenoterapia, com o objetivo de manter as taxas de oxigênio adequadas. Vale ressaltar que analgésicos e antitérmicos podem ser usados para aliviar a dor e a febre.

Além do tratamento indicado pelo médico, o paciente deve ficar de repouso o máximo possível, além de evitar ambientes com mudanças bruscas na temperatura.


Ary Toledo e Washington Olivetto: dois casos de pneumonia que levaram à morte

No último fim de semana, duas figuras brasileiras importantes faleceram em decorrência de complicações causadas pela pneumonia. Em ambos os casos, os pacientes eram pessoas acima dos 60 anos.

No dia 12 de outubro, Ary Toleto teve a morte confirmada por um boletim médico emitido pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O humorista de 87 anos foi diagnosticado com uma pneumonia e estava internado há 10 dias. Em todo esse tempo, o artista estava sendo assistido pelo corpo clínico da instituição.

Já no dia 13, o publicitário  e escritor Washington Olivetto faleceu no Hospital Copa Star. A instituição informou que a causa da morte foi um choque séptico após uma pneumonia. O quadro provocou a falência múltipla dos órgãos.

De acordo com a assessoria de Washington, sua internação já durava cerca de 4 meses, devido uma infecção pulmonar.

Considerações finais


A pneumonia em idosos é um quadro que merece muita atenção, principalmente por ser uma condição que apresenta sintomas distintos dos demais pacientes. Além disso, esse é um público que pode ter maiores complicações, já que seu organismo tem menos força para combater os agentes infecciosos.

De qualquer forma, existem meios de se evitar a doença, seja com hábitos mais saudáveis, não consumindo álcool e cigarros, como evitando ambientes com mudanças de temperaturas muito bruscas. Além disso, as vacinas contra a gripe podem ser fortes aliadas para evitar o surgimento da doença.