Perda de olfato: conheça os riscos e sintomas

perda de olfato

Durante a pandemia de Covid-19, muitas pessoas tiveram dificuldades com um dos efeitos colaterais, a perda do olfato. Afinal, além de atrapalhar o paladar, não conseguir captar odores pode pôr nossa vida em risco. Imagine não sentir o cheiro do gás durante um vazamento, por exemplo?

 

Além disso, o sabor dos alimentos é percebido pela união de dois sentidos: o paladar e o olfato. Mesmo tendo receptores tão diferentes, ambos trabalham em conjunto para produzir a sensação de gosto. 

 

Neste artigo, falaremos sobre esse assunto, explicando as principais características dessa condição e qual o tratamento adequado. Para saber mais, continue a leitura!

 

O que é a anosmia?

 

Anosmia é a perda do olfato, que pode acontecer de maneira temporária ou permanente. 

 

A obstrução nasal é uma das principais causas, principalmente quando o indivíduo está passando por uma gripe ou resfriado.  Mas isso pode acontecer também por conta do tabagismo ou até mesmo pelo efeito colateral de alguma medicação. 

perda de olfato

 

Principais causas para perda de olfato

 

Muita gente associa a perda de olfato ao Covid-19, já que esse era um dos principais sintomas da doença. De qualquer forma, existem diversas razões para a anosmia atingir uma pessoa, veja:

 

Envelhecimento

 

A hiposmia é o ato de ter uma redução no olfato, ou seja, perder apenas uma parte dele. Isso pode ocorrer por conta do processo natural de envelhecimento.

 

De acordo com alguns estudos realizados nos Estados Unidos, cerca de 50% dos idosos até os 80 anos, podem apresentar a perda de uma parte do olfato. Pessoas acima dos 80 representam 75% dos casos.

Traumatismo craniano

 

Um acidente pode ser o causador da anosmia, caso haja um traumatismo craniano. Lesões no bulbo olfatório e uma fratura na placa cribiforme podem ser as responsáveis pela perda do olfato.

 

 Infecções de Vias Aéreas Superiores (IVAS) 

 

Algumas infecções podem causar o problema, como o Rhinovirus e o Adenovirus, por exemplo. O ponto principal é que, nesses casos, a obstrução nasal e a coriza acabam reduzindo o olfato. Já no caso do Covid-19, os sintomas são mais severos. 

 

Tumores

 

O meningioma ou estesioneuroblastoma são tumores da região olfatória que podem trazer problemas para o olfato do paciente. O diagnóstico deve ser feito por um neurologista ou otorrinolaringologista. 

 

Patologias neurológicas

 

O desenvolvimento de doenças neurodegeneratias apresentam perda do volume da substância cinzenta em algumas áreas do cérebro. Com isso, a perda de olfato pode ser uma consequência da patologia. Um exame de Ressonância Magnética pode ser importante para o diagnóstico. 

 

Perda de olfato X Covid – 19

 

Durante a pandemia de Covid-19, iniciada em 2019, um dos principais sintomas era a perda de olfato. Inclusive, relatar esse problema era um indicativo de estar contaminado com o vírus. 

 

Boa parte dos pacientes tinha uma anosmia com duração de 15 a 21 dias. Em 2022, um estudo indicou que cerca de 15 milhões de sobreviventes da Covid ainda tinham sintomas prolongados relacionados ao olfato.

 

Diagnóstico da perda de olfato

 

O primeiro passo para um diagnóstico preciso é avaliar o histórico do paciente. Em seguida, é preciso realizar um exame físico para identificar as possíveis causas da anosmia.

 

Durante a avaliação, o médico pergunta há quanto tempo o paciente tem notado a falta de odor, se passou recentemente por alguma gripe ou resfriado, entre outros,

 

Pode ser necessária a realização de um exame neurológico completo, para confirmar se esse não é um sintoma de alguma doença subjacente. Além disso, são feitos testes com substâncias comuns, como sabonetes, cravos e café.

 

Se após todos estes testes, não for possível identificar a causa da perda de olfato, uma ressonância magnética e uma tomografia computadorizada são indicadas para localizar possíveis anomalias estruturais.

 

Qual o tratamento ideal para a perda de olfato?

 

O tratamento deve ser realizado na causa da perda de olfato. Uma irritação ou infecção nos seios nasais pode ser tratada com base em medicamentos, como sprays ou até mesmo antibióticos.  Inalações a valor também são úteis, mas em casos mais severos pode ser preciso procedimento cirúrgico. 

 

A anosmia em si não pode ser tratada, uma vez que é preciso agir diretamente no agente causador do problema. Em todo caso, pessoas com perda de olfato permanente precisam ter cuidado com alimentação de comidas perecíveis e possíveis vazamentos de gás.

 

Tipos de distorções de olfato 

 

Nesse artigo, falamos sobre a redução e a perda do olfato, mas a verdade é que existem outras distorções muito comuns, veja:

 

Parosmia: quando a pessoa passa por uma distorção de odores, sentindo cheiros ruins em qualquer alimento, por exemplo.

 

Cacosmia: mudança de gosto com relação a um odor específico, ou seja, passar a detestar um cheiro que antes achava bom.

 

Fantosmia: a pessoa sente odores mesmo que eles não existam no ambiente em questão. 

 

Considerações finais

 

A perda de olfato, conhecida também como anosmia, pode ter uma série de fatores como: doenças virais, infecções, neoplasias, traumatismo craniano, tabagismo, entre outros.

 

Essas questões podem gerar um edema, que reduz ou elimina a possibilidade de sentir odores. Essa condição atrapalha também a alimentação, já que traz prejuízos ao paladar também.

 

Dessa forma, ao ter os primeiros sintomas, busque ajuda médica para encontrar o diagnóstico e o tratamento ideal.