Recentemente, cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) e da Universidade da Califórnia em Davis (UC Davis) descobriram um hormônio que pode contribuir para o tratamento de fraturas ósseas e de osteoporose.
Alguns testes foram realizados para o cuidado com animais, mostrando que a terapia com o hormônio apresentou resultados positivos. Esse estudo foi publicado em detalhes na revista científica Nature, mostrando que os animais em questão tiveram um aumento na força e na densidade óssea.
Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, explicando o que é a osteoporose e como o hormônio CCN3 pode colaborar para a melhora do quadro nos pacientes. Para saber mais, continue a leitura!
O que é Osteoporose e como ela afeta a saúde dos ossos?
A osteoporose é uma doença que deixa os ossos do paciente mais porosos e com densidade menor. Nesse caso, eles podem se quebrar mais facilmente, principalmente após uma queda.
Embora afete ambos os sexos, essa condição é mais comum nas mulheres, normalmente após a menopausa.
Vale destacar que a perda da densidade óssea pode acometer todo o esqueleto do indivíduo, mas os pontos mais afetados são: a cabeça do fêmur, a coluna e os punhos.
Causas da osteoporose
A condição é causada principalmente pela redução dos níveis do hormônio estrogênio, o que justifica ser mais comum em mulheres. Essa baixa faz com que o depósito de minerais e cálcio tenham uma redução considerável, o que contribui para o enfraquecimento dos ossos. Mas além disso, outras questões podem ser consideradas como fatores de risco, são algumas delas:
- deficiência de vitamina D e de cálcio;
- vício em cigarro;
- hábitos sedentários;
- diabetes e artrite.
Sintomas e diagnóstico da osteoporose
É muito comum que os pacientes com osteoporose só descubram a condição depois de passarem por uma fratura, seja por uma queda ou até mesmo por movimentos mais simples. Mas é importante destacar que alguns sinais podem surgir, apontando a presença da doença.
Muitas pessoas passam a sentir dores crônicas e perda da qualidade de vida. Além disso, a estatura pode diminuir e os ossos ficam deformados.
A primeira parte do diagnóstico envolve a análise clínica, realizada por um médico especialista em ossos, o ortopedista. Ele vai solicitar um exame de densitometria óssea, que ajuda a identificar a doença em um estado inicial.
A descoberta do hormônio CCN3: uma revolução na saúde óssea
Como citamos anteriormente, o hormônio CCN3 foi descoberto há pouco tempo e testado com sucesso em animais com problemas nos ossos. Por isso, ele pode ser uma grande mudança nos tratamentos convencionais da osteoporose.
Em resumo, esse hormônio é identificado como um regulador na formação e regeneração óssea, estimulando a produção de novas células formadoras de osso, conhecidas como osteoblastos. Além disso, ele inibe a ação das células que reabsorvem o osso, chamadas de osteoclastos.
É importante ressaltar que os cientistas envolvidos no estudo entendem que o CCN3 pode ser uma alternativa para casos iniciais ou até mesmo em pacientes do maior risco de fraturas.
Como o CCN3 contribui para a prevenção da osteoporose?
Com o equilíbrio entre a formação e a degradação óssea, o CCN3 contribui ativamente para a prevenção da osteoporose. O hormônio diminui a ação dos osteoclastos, evitando a perda da densidade óssea.
Além disso, ele contribui para o fortalecimento da matriz óssea, aumentando a resistência dos pacientes a fraturas, especialmente aqueles que apresentam maior risco, como idosos e mulheres pós-menopausa.
Com a melhora na qualidade do osso e na sua capacidade de regeneração, o CCN3 pode ser usado para a prevenção da doença, se tornando uma alternativa de tratamento.
Os benefícios do hormônio CCN3 para fortalecimento dos ossos
Existem diversos benefícios no uso do hormônio CCN3 para o tratamento da osteoporose. Veja alguns deles:
- aumento da atividade dos osteoblastos;
- redução da ação dos osteoclastos;
- diminuição da perda acelerada de massa óssea;
- melhora na integridade estrutural dos ossos;
- melhor qualidade óssea.
Como a osteoporose se desenvolve e quem está em risco?
O desequilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea é o principal causador da osteoporose. Isso acontece porque esse problema resulta na perda progressiva da massa óssea, o que deixa os ossos dos pacientes mais fracos e suscetíveis a fraturas.
Outro ponto importante é que, isso ocorre, em grande parte, devido a fatores relacionados ao envelhecimento, pois a capacidade do corpo de formar novos ossos diminui com o tempo.
As mulheres pós-menopausa são particularmente vulneráveis à osteoporose devido à queda nos níveis de estrogênio, um hormônio que ajuda a manter a densidade óssea. Além disso, pessoas com história familiar da doença, dietas pobres em cálcio, fumantes, indivíduos sedentários e aqueles com certas condições médicas (como artrite reumatoide ou uso prolongado de corticosteróides) têm maior risco de desenvolvê-la.
Vale lembrar que à medida que a densidade óssea diminui, o risco de fraturas aumenta, especialmente em áreas como quadris, coluna e pulsos, tornando a osteoporose uma preocupação de saúde pública.
Considerações finais
A descoberta do hormônio CCN3 é um grande avanço no entendimento a respeito da osteoporose e uma nova perspectiva de tratamento. Afinal, essa é a possibilidade de recuperar a saúde óssea do paciente.
Dessa forma, esse hormônio contribui como uma boa solução para aqueles com maior risco de desenvolver uma condição debilitante e que afeta a qualidade de vida. Embora os tratamentos tradicionais para osteoporose, como a suplementação de cálcio e vitamina D, tenham seu valor, a introdução do CCN3 pode oferecer uma alternativa para os tratamentos convencionais.
A ideia é que os estudos clínicos sirvam para que a descoberta do hormônio leve a novas terapias, não apenas para tratar a doença, mas principalmente para prevenir sua progressão.