O glaucoma é uma condição silenciosa, afetando milhões de pessoas no Brasil. A doença pode causar cegueira de maneira irreversível. Entretanto, muitas pessoas não sabem ter essa doença, prejudicando ainda mais a possibilidade de tratamento precoce.
Neste artigo, falaremos mais sobre o glaucoma, quais são os tipos existentes e como o diagnóstico é feito. Para saber mais, continue a leitura!
O que é glaucoma?
Glaucoma é uma doença que se caracteriza por lesões no nervo óptico. Os danos causados podem fazer com que haja uma redução em no campo visual do paciente, progressivamente.
A condição é silenciosa, se desenvolvendo de maneira lenta. Dessa forma, o processo pode durar meses ou até mesmo anos.
É recomendável uma visita anual ao oftalmologista, principalmente para pessoas acima dos 40 anos. Essa é a idade em que a doença se torna mais comum. O objetivo é identificar se há a presença da condição e, em caso positivo, iniciar o tratamento adequado.
Quais são os tipos de glaucoma?
Embora existam tipos diferentes de glaucoma, cada um deles pode ter sinais distintos, veja:
Glaucoma de ângulo aberto
Também conhecido como glaucoma crônico, o aumento da pressão ocular causa essa condição e a lesão está relacionada ao ângulo aberto da câmara anterior. Exames de campo visual são utilizados para diagnosticar esse tipo, que apresenta uma evolução mais lenta. Esse tipo representa cerca de 80% dos casos registrados dessa condição.
Glaucoma de ângulo fechado
Já o de ângulo fechado acontece quando a câmara anterior fica obstruída. Essa condição costuma ser crônica e, em raros casos, aguda. Nesse tipo de glaucoma surgem alguns sintomas, como uma redução na visão, dores de cabeça, vômito, entre outros.
Glaucoma agudo
Este tipo de glaucoma apresenta mais sintomas, facilitando o diagnóstico. Como o nome sugere, é um glaucoma súbito que necessita de cuidados médicos imediatos. É crucial ressaltar que ele pode progredir para uma perda visual irreversível em questão de horas.
Glaucoma congênito
O glaucoma congênito ocorre com o aumento da pressão intraocular. O que o difere é o fato de já nascer com o indivíduo, sendo o resultado de uma anomalia desde antes do nascimento. Por consequência, é muito comum que o seu diagnóstico aconteça nos primeiros meses de vida.
Glaucoma secundário
O secundário acontece por algum fator externo, causador do aumento da pressão intraocular. Pode ser um trauma ou até mesmo o uso de medicamentos à base de corticóide. Outras causas comuns são: hipertensão, diabetes, tumores ou doenças inflamatórias.
Quais são os sintomas de glaucoma?
Nos estágios iniciais, o glaucoma pode não apresentar sintomas. Por isso, a visita anual ao oftalmologista é tão importante. Com a progressão da doença, alguns sinais podem surgir, são eles:
- Diminuição da visão lateral;
- Dor forte em um dos olhos;
- Visão turva;
- Olhos irritados;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Dores de cabeça;
- Sensibilidade à luz;
- Inchaço nos olhos.
Como é feito o diagnóstico?
O médico oftalmologista é quem deve fazer o diagnóstico, pois sabe quais exames são necessários para identificar a doença.
O primeiro passo é fazer uma análise da pressão intraocular. Para isso, é utilizado um colírio anestésico e um aparelho chamado tonômetro, Ele faz uma pressão nos olhos para analisar como está a pressão interna do órgão. Também é preciso avaliar o nervo óptico, a espessura da córnea e o campo visual.
Os exames de imagem são imprescindíveis no processo de diagnóstico da doença. Com eles, o profissional consegue avaliar as estruturas intraoculares, desde casos suspeitos até os confirmados.
Como é realizado o tratamento para o glaucoma?
Depois do diagnóstico, o tratamento indicado consiste em reduzir a pressão intraocular. Vale destacar que cada caso deve ser tratado de acordo com a gravidade e o tipo de glaucoma. As principais formas de tratamento são:
Medicamentos
A primeira forma de tratamento é por meio de medicamentos, podendo ser comprimidos ou colírios. A aplicação do colírio diminui a produção de líquido intraocular, que ajuda a reduzir a pressão causadora do glaucoma.
Cirurgias
Quando os remédios não conseguem o efeito esperado, pode ser necessário recorrer à cirurgia. Existem diversos tipos de procedimentos, desde tratamentos a laser até o implante de um tubo de drenagem para alívio da pressão.
Quais são os fatores de risco da doença?
As causas do glaucoma podem ser as mais diversas, mas a verdade é que existem alguns fatores de risco, veja:
- Pressão intraocular elevada;
- Histórico familiar;
- Idade avançada;
- Lesões oculares;
- Cirurgias oculares.
Caso de glaucoma do cantor Marrone
Na segunda-feira, 17, o cantor Marrone, da dupla com Bruno, passou por uma cirurgia de emergência nos dois olhos. Os médicos diagnosticaram um caso avançado de glaucoma durante uma consulta de rotina.
Por conta do diagnóstico precoce, foi possível reduzir os danos, já que o cantor perdeu parte da visão, mas está com acuidade visual 100% boa. Isso significa que sua visão central não se perdeu, permitindo que ele leve uma vida normal.
De acordo com os médicos, o artista seguirá trabalhando, desde que a doença não progrida. A princípio, ele se afastará dos palcos por 15 dias para se recuperar do procedimento cirúrgico.
Considerações finais
A pressão intraocular pode causar danos irreversíveis ao nervo óptico. Essa condição, conhecida como glaucoma, pode levar à perda da visão se não for tratada. Portanto, é essencial obter um diagnóstico precoce para prevenir danos permanentes.
É importante ressaltar que o diagnóstico de glaucoma envolve várias etapas. O primeiro passo é a realização de uma análise clínica, considerando o histórico do paciente. Em seguida, são feitos exames oftalmológicos e a indicação do tratamento, a começar por remédios para redução da pressão.
Exames de imagem como a tomografia de coerência óptica (OCT), podem ser feitos para avaliar o nervo óptico detalhadamente. Após os resultados, o médico determinará o tratamento ideal para o caso em questão.