Primeiramente é importante salientar que a criptococose é uma doença, classificada como micose sistêmica, causada por fungos do gênero e que, dependendo do caso, pode matar. Ela é conhecida também como doença do pombo.
O principal reservatório do fungo é matéria orgânica morta presente no solo, em frutas secas, cereais e nas árvores.
O fungo causador da criptococose também é encontrado nas fezes de aves, principalmente dos pombos.
Como ocorre a transmissão da criptococose?
Não existe transmissão inter-humana dessa micose(cryptococcus neoformans), nem de animais ao homem.
No entanto, indivíduos, ou seja, os seres humanos, estão expostos à doença por meio da inalação dos fungos causadores da criptococose.
Exposto isso, não existem medidas preventivas específicas.
Entretanto, recomenda-se a utilização de equipamento de proteção individual, sobretudo de máscaras, na limpeza de galpões onde há criação de aves ou aglomerado de pombos.
Diante disso, medidas de controle populacional de pombos devem ser implementadas, como, por exemplo, reduzir a disponibilidade de alimento, água e, principalmente, abrigos.
Os locais com acúmulo de fezes desses animais devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança, assim como a sua dispersão por aerossóis.
Os indivíduos mais susceptíveis são os imunodeprimidos, principalmente por AIDS, sendo em alguns casos a criptococose a primeira manifestação que leva ao diagnóstico da mesma variante C.
Neoformans, de caráter oportunista, representa a principal causa de meningoencefalite e morte em indivíduos com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
No entanto, essa espécie também acomete indivíduos sem problemas de saúde em todo o mundo.
Sintomas
Em suma, os principais sintomas da doença são inespecíficos e coincidem com várias doenças:
- febre;
- fraqueza;
- tosse;
- dor no peito;
- rigidez de nuca;
- dor de cabeça;
- náusea;
- vômito;
- sudorese noturna;
- confusão mental;
- alterações de visão;
Além disso, a doença também pode atingir o sistema nervoso central e causar
Como é feito o diagnóstico da criptococose?
Atualmente, o diagnóstico da criptococose é feito através da observação clínica dos sintomas e de vários testes laboratoriais, sendo o mais utilizado o “Tinta-da-china” que torna possível detectar o agente transmissor da Criptococose.
Além disso, é feita a análise de secreções corporais para verificar a presença do fungo no organismo.
Frequentemente os exames clínicos e laboratoriais e os exames de imagem ajudam a investigar esses sintomas. É possível contar com a Tomografia de Tórax e a Ressonância Magnética de Crânio podem detectar alterações sugestivas da doença e/ou que indiquem necessidade de exames adicionais.
Em outras palavras, é possível também realizar os exames que referem-se ao escarro ou liquido cefalorraquidiano (líquor), nos quais é feita a demonstração definitiva do fungo, que irá levar ao tratamento.
Como é feito o tratamento da criptococose?
Frequentemente, o tratamento para a criptococose é feito por meio do uso de antifúngicos, principalmente em casos mais graves da doença, que devem ser usados conforme a orientação do médico.
Além disso, é importante evitar o contato com a fonte de transmissão desse fungo, como por exemplo lavar os locais que possuem fezes de pombo com água e cloro, por exemplo.
Qual a melhor forma de prevenir a criptococose?
De um modo geral, a Criptococose é uma doença infecciosa que atinge o sistema respiratório e nervoso, podendo levar a morte. As principais medidas de prevenção são:
- Evitar alimentar os pombos;
- Diminuir a quantidade de água, alimento ou abrigo para os pombos;
- Os locais que acumulam as fezes das aves devem ser limpos com água e cloro;
- Se for necessário entrar em contato com as aves, utilizar luvas e máscaras protetoras;
- Inclinar superfícies, para evitar o pouso dos pombos;
- Empregar acessórios como nylon ou barbantes, que dificultam o acesso dos pombos a superfícies planas como os telhados das casas;
- Utilização de cercas eletrificadas.
Situação epidemiológica
Especificamente na cidade de Santos, na baixada santista, a Ouvidoria Municipal atende à denuncias.
Por esse motivo, a população é uma grande aliada do poder público, seja para fazer as mudanças necessárias no ambiente em que vive ou denunciar situações passíveis de fiscalização.
Apenas no primeiro semestre de 2019, a Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz) fez 116 fiscalizações com foco em pombos, após denúncias na Ouvidoria Municipal.
Para sobreviver e se reproduzir, os pombos necessitam de ‘4 As’:
- água,
- alimento,
- acesso,
- abrigo.
Embora o primeiro elemento não seja possível evitar, os demais são.
Em primeiro lugar, não oferecer alimentos a qualquer tipo de ave e não jogar restos orgânicos sem o acondicionamento devido já ajuda a afastar os pombos, que costumam se concentrar em regiões onde a oferta de alimento é maior.
Desta forma, não havendo comida, a ave tem a sua capacidade de reprodução diminuída e migra para outra região, em busca de melhores condições de sobrevida.
Neste sentido, o acesso a um local que sirva como abrigo também favorece a proliferação do pombo, em especial durante o período reprodutivo e de incubação dos ovos, que dura apenas 19 dias.
Os lugares preferidos dos pombos para fazer seus ninhos são telhados, forros, caixas de ar-condicionado e marquises.
As denúncias podem ser feitas caso observe-se: :
- pessoas alimentando pombos,
- acúmulo de fezes de aves sem a devida higienização;
- descarte indevido de matéria orgânica que atrai pragas urbanas;
- locais inabitados que atraem grande número de pombos.
Assim, caso você tenha conhecimento de problemas como estes mencionados acima, você também pode denunciar. As denúncias devem ser feitas à Ouvidoria Municipal, pelo telefone 162 e pelo site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria
Adaptado do site Ministério da Saúde
Prefeitura Municipal de Santos