A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por protozoários conhecidos como Plasmodium, que são transmitidos pelo mosquito fêmea do gênero Anopheles. 

Essa espécie também é conhecida como mosquito-prego e está presente predominante na Amazônia.

Atualmente vivemos um crise social e política no Brasil,  que gira em torno da doença e como forma de alerta trouxemos os sintomas, tratamentos e prevenções existentes.

Sintomas da Malária

A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, não é possível transmiti-la de pessoa para pessoa. Ela precisa de um vetor, que neste caso é o mosquito-prego, infectado por Plasmodium, o protozoário responsável por desenvolver a doença.

Essa espécie está presente na Amazônia que englobam os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Geralmente, eles agem ao entardecer e ao amanhecer com maior intensidade.

Muitas pessoas depois de serem infectadas sentem primeiro sintomas como náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Entre os sintomas mais comuns, nós temos:

• Febre alta;
• Calafrios;
• Tremores;
• Sudorese;
• Suor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.

 

Transmissão

A malária é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles que está infectada com o protozoário plasmodium, como dito anteriormente.

O ciclo do mosquito se inicia quando ele pica um indivíduo, contaminando-o com o parasita. O período de incubação, que consiste no intervalo de tempo entre a picada e o aparecimento dos sintomas variam muito com a espécie de plasmódio.

Para Plamodium falciparum o  mínimo é de sete dias. Para os tipos  vivax, de 10 a 30 dias e para o malariae, 18 a 30 dias.

A transmissão da malária também pode ocorrer em casos mais raros por transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão congênita.

 

Medidas de proteção contra a malária

Ainda não há vacina disponível para a prevenção da malária, somente alguns países Africanos que possuem altas taxas de transmissão disponibilizam as vacinas para as crianças. Algumas substâncias que podem ajudar na imunidade contra a doença estão sendo estudadas no Brasil e no mundo, mas ainda não há achados satisfatórios.

No Brasil, a maior taxa de malária é causada pelo Plasmodium vivax,  que ainda não possui vacina disponível.

Contudo algumas medidas podem ser tomadas de proteção individual e de cuidado com o ambiente de convívio.

Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:

• uso de mosquiteiros;
• roupas que protejam pernas e braços;
• telas em portas e janelas;
• uso de repelentes.

Para as medidas de prevenção coletiva, precisamos falar sobre o cuidado com os meios naturais existentes. Além da higienização domiciliar com a borrifação, o uso de mosquiteiros e a melhora do ambiente de moradia e trabalho precisam ser constantes.

Além disso, precisamos falar sobre a natureza. As mudanças de fluxo da água, limpeza das margens de criadouro, drenagens e controle da vegetação da água impactam diretamente na ocorrência de surtos.

Um dos fatos mais chocantes que aconteceram recentemente no Brasil, é o caso do avanço ilegal do garimpo, que além das pautas políticas e sociais sobre desnutrição alertam para o surto de malária.

Na floresta Amazônica cerca de 28 mil indígenas vivem isolados geograficamente em comunidades de difícil acesso, onde os cuidados com a saúde são precários. Os casos de malária se intensificaram, atingindo não só os locais mas também as equipes médicas que estão envolvidas na causa ajudando no cuidado dos doentes.

Esses desmatamentos ajudam a acelerar o processo de desenvolvimento do mosquito deixando mais pessoas infectadas pela doença.

Diagnóstico

O diagnóstico para a doença pode ser feito através de alguns meios que falaremos a seguir, mas o mais específico é a da gota espessa.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) essa segue como a técnica “padrão-ouro” para detectar a presença do parasita. Após a coleta do sangue do paciente, é feita uma avaliação por meio de microscopia óptica que detecta a densidade da doença e o tipo de parasita;

Além disso, o esfregasso delgado possui uma baixa taxa de sensibilidade, comparado a gota espessa, porém esse método permite que haja a diferenciação específica dos parasitos presentes no sangue do indivíduo infectado.

O diagnóstico precoce tem como objetivo identificar a malária o mais rapidamente possível para reduzir o risco de complicações e conter a transmissão. O PCR geralmente só é indicado em situações de pesquisa.

 

Tratamento

O tratamento da Malária é realizado de maneira ambulatorial e o mais indicado é realizar o diagnóstico o quanto antes.

Entretanto, a evolução do caso de cada paciente dependerá das suas condições físicas como peso, idade e problemas de saúde e entre outros.

Quando realizado o diagnóstico de maneira rápida, as chances de cura são grandes.