Lúpus: o que é, sintomas e tratamentos

lupus

Lúpus é uma das doenças autoimunes que mais traz prejuízos aos portadores. Essa condição pode afetar qualquer órgão ou tecido humano, fazendo com que os sintomas sejam diferentes em cada caso.

 

Neste artigo, você vai saber mais sobre essa doença, como identificá-la e o melhor momento para procurar ajuda médica. Para saber mais, continue a leitura!

O que é Lúpus?

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune cuja  causa envolve múltiplos genes, fatores hormonais e ambientais. Além disso, é uma condição com ampla variabilidade de apresentação, gravidade e curso clínico e evolui habitualmente com períodos de atividade e de remissão.

 

A maioria dos pacientes tem um curso relativamente benigno, mas pode haver aumento de infecção, atividade da doença, doença cardiovascular, lesão renal e câncer. Embora, a mortalidade é particularmente elevada nos pacientes com problemas renais.

 

O acometimento de uma parte do rim é a causa mais frequente do uso de doses elevadas de corticosteróides  e imunossupressores. Neste sentido, torna-se a  condição que mais requer internação hospitalar.

 

Com frequência, ocorrem períodos de atividade e remissão, que determinam a escolha dos agentes terapêuticos a serem empregados.

 

A prevenção de crises de doenças é um marco adicional do tratamento do Lúpus. Os surtos são comuns no curso da doença e contribuem para o acúmulo de danos aos órgãos.

 

Fatores de risco relatados, incluem idade mais jovem no início da doença, nenhum uso de antimaláricos e atividade persistente da doença generalizada.

 

É necessário a avaliação da adesão ao tratamento medicamentoso, bem como monitoramento rigoroso, além da otimização do controle da doença nesses pacientes, o que pode reduzir o risco de uma crise.

 

Quais são os tipos de Lúpus?

Cada um dos tipos de Lúpus tem suas próprias características, veja:

 

Lúpus eritematoso sistêmico (LES)

O Lúpus sistêmico é aquele que causa diversas inflamações pelo corpo do paciente. Dentre eles estão a pele, os rins, pulmões e articulações. Essa condição faz com que surjam manchas pela pele ao expô-la ao sol. Além disso, outros sintomas podem surgir, como anemia, dores articulares, redução nas plaquetas, entre outros. 

 

Lúpus discóide

Essa condição se restringe à pele do indivíduo, apresentando algumas lesões avermelhadas, arredondadas e com descamação. Elas surgem principalmente no tronco, couro cabeludo, rosto e região cervical. As manchas costumam aparecer quando há maior exposição à luz do sol. 

Lúpus neonatal

Este é o tipo de Lúpus mais raro e acomete recém-nascidos filhos de mulheres portadoras da doença. Nesses casos, os sintomas costumam desaparecer depois de alguns meses. Entretanto, é necessário se atentar à saúde do bebê, pois é possível que ele desenvolva problemas cardíacos. 

Lúpus induzido por medicamentos

O Lúpus induzido pelo uso de medicamentos pode se manifestar de duas maneiras diferentes, em todo o corpo ou apenas na pele. Os remédios causadores dessa condição são: procainamida, isoniazida e hidralazina. Os efeitos da inflamação são temporários, com os sintomas sumindo em poucos meses após o fim do uso do medicamento. 

Quais são os sintomas de Lúpus?

  1. Fraqueza;
  2. Febre e mal-estar frequente;
  3. Dores nas articulações;
  4. Rigidez muscular e inchaços;
  5. Vermelhidão na face em forma de “borboleta” sobre as bochechas e a ponta do nariz;
  6. Muita queda de cabelo.

Desta forma, é necessário ir ao médico logo que sentir mais de um sintoma para investigar quais as possíveis causas.

Fatores de risco 

Pessoas de qualquer idade podem ser acometidas pelo Lúpus, embora as mulheres façam parte dos principais casos. Além disso, outros fatores que contribuem para uma maior incidência da doença são:

 

  • Ser da etnia hispânica, asiática e afro-americana;
  • Ser do gênero feminino;
  • Ter entre 15 e 40 anos;
  • Alta exposição aos raios ultravioletas.

Cuidados

De modo geral, quando diagnosticado, é necessário seguir diversos protocolos e prestar atenção se há acometimento de outros órgãos.

 

Em relação ao lúpus com acometimento de pele, deve se recomendar  proteção eficaz contra a exposição ultravioleta com filtros solares de amplo espectro proibição total do cigarro.

 

A atribuição de manifestações neuropsiquiátricas ao Lúpus muitas vezes requer uma abordagem abrangente e multidisciplinar para descartar infecções e tumores, por exemplo.

 

Por esse motivo, a terapia  é indicada de acordo com o tipo de manifestação (por exemplo, antipsicóticos para psicose, ansiolíticos para transtorno de ansiedade e assim por diante).

 

Em alguns casos, as manifestações, nos exames de sangue (por exemplo), incluem diminuição de plaquetas e anemia hemolítica autoimune.

 

Ao mesmo tempo, pacientes com alto risco de desenvolver envolvimento renal – homens com início de lúpus juvenil, devem estar sob monitoramento para detectar sinais precoces de doença renal.

 

Entre as causas podem ocorrer:

 

  • trombose na gravidez ou no pós operatório;
  • infecções associadas  a fatores relacionados à doença e ao tratamento;
  • diminuição das células de defesa;
  • envolvimento renal (que podem fazer com que o clínico tenha foco na prevenção primária), bem como no reconhecimento e tratamento oportunos.

Assim, pacientes com lúpus devem receber vacinas de acordo com as recomendações de doenças  reumáticas autoimunes.

 

Por exemplo, a imunização contra influenza sazonal e infecção pneumocócica de preferência durante a doença estável.

 

O Lúpus é um fator de risco independente para doença cardiovascular (DCV).

 

Desta forma, em alguns casos a aspirina (em baixa dose) pode ser considerada na prevenção primária de doenças cardíacas, uma vez que contrabalanceia o risco de sangramento.

 

Tratamento

Na maioria das vezes, o tratamento do Lúpus visa a remissão ou baixa atividade da doença e prevenção de crises.

 

Assim também, a hidroxicloroquina é recomendada em todos os pacientes com lúpus e durante o tratamento de manutenção crônica, os glicocorticóides  devem ser reduzidos ao mínimo e, quando possível, retirados.

 

Além disso, existem outros recursos de medicamentos que se chamam  agentes imunomoduladores (metotrexato, azatioprina) que também podem  ser utilizados dependendo do caso.

 

No entanto, precisamos lembrar que cada caso é um caso.

 

Por fim, é necessário que você procure sempre o seu médico para indicar quais são os tratamentos específicos para o seu caso.

 

Considerações finais

Lúpus é uma doença autoimune inflamatória que pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo humano, inclusive o cérebro. Além disso, cada caso é único e possui características muito particulares, dependendo do paciente e do tipo de Lúpus.

 

Embora não haja uma cura definida, é importante que o portador da condição procure ajuda médica. Isso porque é possível fazer um tratamento medicamentoso para uma melhor qualidade de vida. 

 

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