No artigo de hoje vamos entender sobre um estudo realizado com crianças, sobre a transmissão do covid-19.
E antes de entendermos como foi feito esse estudo, veremos os sintomas e o que devemos fazer caso a criança apresente os sintomas.
Quais são os sintomas da COVID-19 em crianças?
Os sintomas são os mesmos que se apresentam em adultos: febre, tosse, dor de garganta, congestão nasal, mal-estar, dor muscular, diarreia, náuseas, vômitos ou dor de cabeça.
Em casos moderados, a criança tem dificuldade respiratória ou respiração acelerada (taquipneia).
Em quadros graves, pode apresentar incapacidade de mamar ou ingerir líquidos, letargia, convulsões ou inconsciência.
Fique atento aos sinais de alerta e procure um médico.
Quais são os grupos de risco da COVID-19 em crianças?
Têm maior risco de desenvolver quadros graves as crianças menores de 2 anos ou com doenças pulmonares crônicas, como asma não controlada e fibrose cística, doenças cardíacas, diabetes, insuficiência renal e também qualquer patologia que curse com imunodepressão.
Bebês são mais vulneráveis ao novo coronavírus?
Entre as crianças, os bebês de até 2 anos são os mais vulneráveis e, por isso, estão incluídos no chamado “grupo de risco”.
Quando devo levar meu filho ao hospital?
Quando seu filho tiver febre alta por mais de três dias, falta de ar, tosse seca, desânimo ou alterações gastrointestinais, é um indicativo que merece ser avaliado por um profissional de saúde. Converse com o seu pediatra e ele avaliará a necessidade de ir ao hospital.
Em bebês, é importante estar ainda mais atento aos sinais. Se ficarem prostrados, ou seja, mais cansados que o habitual, ou apresentarem pele e lábios arroxeados, recomenda-se ir ao hospital imediatamente.
Como proteger o meu filho contra o coronavírus?
Garanta que o seu filho esteja com o calendário vacinal em dia, principalmente em relação às vacinas contra gripe e pneumonia.
Medidas de higiene devem também ser seguidas pelas crianças. Se já tiverem idade para fazer isso sozinhas, ensine-as a lavar as mãos e usar máscaras, por exemplo. Lembre-se de que crianças menores de dois anos não devem usar máscaras.
O isolamento social também deve ser seguido pelos seus filhos. Isso vale para o contato com amigos e parentes que moram em outras residências.
Estudos
Em um artigo no “New England Journal of Medicine” de Deborah Lehman, um grupo estudou o papel de crianças na transmissão dos membros de uma família.
A autora faz a observação que mesmo com o aumento do COVID -19, particularmente as crianças mais novas parecem não serem afetadas pela doença, mesmo havendo referência a uma sistêmica síndrome inflamatória.
Para examinar o papel da transmissão familiar do COVID-19 pesquisadores estudaram 40 pacientes menores do que 16 anos que receberam o diagnóstico de um único hospital na Suécia de SARS- CoV-2, durante Março e Abril de 2020.
Esses casos constituíram 0,9 % de todos os casos de COVID-19 dessa instituição nesse período. Contudo, os achados disseram que das 39 crianças, 74% estavam saudáveis, 18% requereram hospitalização mas nenhuma precisou de unidade de terapia intensiva.
A média de idade das crianças foi de 11,1 anos (variando de 5,7 a 14,5 anos). Entre os sintomas mais frequentes, a tosse foi o sintoma mais evidente (82%) , seguido de febre (67%) e secreção nasal (64 %).Dor abdominal foi reportada em 28%, somente.
Visto isso, a autora foi mais a fundo e verificou que em 79 % dos casos pelo menos um adulto na casa tinha Covid -19 antes da criança apresentar os sintomas de infecção.
Mas, percebeu também que adultos que moravam com as crianças com COVID-19, tinham mais sintomas do que crianças que moravam com elas.
A autora conclui que embora a amostra seja pequena , o achado que na maioria dos casos as crianças não foram os casos iniciais é importante.
Isso aumenta as evidências que o SARS- CoV-2 pode não ser transmitido como a influenza ou outras doenças respiratórias (no último casos as crianças são os casos que iniciam transmitindo para as famílias).
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Espero que tenha gostado desse artigo, até breve.