A cirurgia bariátrica é uma estratégia utilizada por muitas pessoas para emagrecer rapidamente, porém há uma relação grande com os distúrbios hepáticos.
Antes disso, vamos entender um pouco mais sobre a obesidade.
Obesidade
A Organização Mundial da Saúde traz dados de que a obesidade é a doença que mais tem crescido no mundo.
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica mostrou em um estudo que a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos estejam obesos em 2025.
A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de alterações metabólicas e hormonais caracterizada por intolerância à glicose ( ou diabetes) , hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade troncular ou abdominal.
Outro ponto muito importante é a obesidade infantil. Cerca de 12,9% das crianças, entre 5 e 9 anos tem obesidade infantil.
A obesidade nada mais é do que o consumo excessivo de alimentos processados e maus hábitos, como o sedentarismo.
Essa doença crônica está relacionada a deficiências cardíacas, AVC, diversos tipos de cânceres, diabetes, apneia do sono e até depressão. O mais importante, é ressaltar que a questão em jogo é a saúde e bem estar e não a estética.
Quando falamos na cirurgia bariátrica, esta as vezes é a única possibilidade de emagrecimento de determinada pessoa.
Por isso, vamos entender um pouco melhor sobre ela e qual a sua relação com os distúrbios hepáticos.
Cirurgia Bariátrica
A cirurgia bariátrica, é também conhecida como gastroplastia e cirurgia de redução de estômago.
Ela consiste em uma operação realizada no estômago, para diminuir seu tamanho. E há algumas técnicas disponíveis hoje na medicina.
As técnicas mais usadas é a Gastrectomia Vertical e By-pass.
A cirurgia bariátrica, geralmente é indicada porque o individuo já atingiu o nível do IMC que o classifica como obeso, que seria acima de 30.
Entretanto, esta não é a única solução indicada a todos os obesos. Muitos fatores estão relacionados a esta indicação, isso quer dizer que tudo dependerá do grau de obesidade, das doenças já existentes e hábitos de vida.
Por isso, o ideal é conversar com o médico e avaliar a necessidade de cirurgia ou não. Algumas pessoas conseguem perder 30 quilos ou mais somente reeducando-se e praticando atividade física regular.
Um tratamento precisa abranger a vida em um espectro 360 graus. Portanto, uma pessoa que se predispõe a realizar o tratamento de emagrecimento, deve pensar em mudar seus hábitos de vida e também realizar um acompanhamento psicológico.
Doenças Hepáticas e a cirurgia bariátrica
Quando falamos em obesidade, muitas comorbidades vêm junto. Uma delas é a disfunção hepática.
Ao falar das doenças hepáticas, podemos citar as Hepatites e também uma doença muito comum e recorrente: a esteatose hepática.
A Esteatose Hepática nada mais é do que conhecemos popularmente como gordura no fígado.
Ela consiste no acumulo de gordura no fígado devido a má alimentação, sedentarismo e até mesmo ingestão em excesso de álcool.
A esteatote é dividida em Doença Hepatica Gordurosa Alcoólica (DHGA) e Doença Hepática Gordurosa Não- Alcoólica (DHGNA).
A DHGA é causada pelo excesso de ingestão de bebidas alcoólicas. Já a DGHNA é causada por fatores que não possuem relação com a bebida, como obesidade, diabetes entre outros.
Geralmente a prevalência de DHGNA primária aumenta em populações obesas que possuam doenças pré-existentes
como a Diabetes Mellitus 2.
A principal relação entre a esteatose hepática e o diabetes mellitus é a resistência à insulina.
Consequentemente, ocorre o aumento de peso que pode provocar o excesso de gordura no fígado.
O organismo entende que precisa produzir mais insulina, pois essa que tem é insuficiente.
Indicação da cirurgia bariátrica
Por isso, muitos médicos acabam indicando a cirurgia bariátrica como forma de tratamento para os obesos de grau mais elevado.
Consequentemente, o emagrecimento acaba trazendo benefícios para o obeso. Reduzindo os níveis de pressão arterial, tratando a diabetes e com isso também acaba por cuidar dos distúrbios hepáticos causados pelo excesso de gordura.
Precisamos ressaltar que a cirurgia não é indicada para todas as pessoas e que deve-se consultar o médico especialista.
Alguns obesos, através de uma dieta e rotina de exercícios perdem uma quantidade significativa de gordura. Motivados, eles sempre continuam e os resultados são fantásticos.
O pós operatório, não é simples. Como é retirada uma parte do órgão há mais dificuldade para se alimentar, pois o estômago reduz de tamanho e não é todo tipo de comida que pode ser ingerida no início.
Além disso, a absorção de nutrientes se torna mais difícil. Portanto, é muito comum os bariátricos manterem uma ingestão oral de vitaminas por um longo período de tempo.
A vitamina D, por exemplo, é uma das vitaminas que mais apresentam níveis baixos.
Procure sempre um especialista para identificar a necessidade e siga as recomendações necessárias.
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