As amígdalas são pequenas estruturas semelhantes ao formato de uma amêndoa, localizadas na parte de trás da garganta. O câncer nessa região pode acarretar dores, além de dificuldades para respirar e engolir.

 

Qualquer suspeita de câncer de amígdalas, é imprescindível procurar ajuda de um médico, já que essa é uma condição grave e que precisa de atenção urgente. 

 

Neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, mostrando quais são os principais sintomas da doença, como ela se manifesta e o tratamento adequado. Para saber mais, continue a leitura!

 

Para que servem as amígdalas?

 

Como citamos anteriormente, as amígdalas se localizam na garganta e, ao contrário do que muitos pensam, elas têm um papel muito importante em nosso sistema imunológico. Essas estruturas são essenciais para proteger nosso organismo contra infecções.

 

As amígdalas fazem parte do sistema linfático e atuam na primeira linha de defesa. Com isso, elas servem para filtrar e evitar que microorganismos entrem em nosso trato respiratório e digestivo. 

 

Quais sintomas do câncer nas amígdalas?

 

Na maioria dos casos, o câncer nas amígdalas se manifesta nas laterais da garganta, em uma área conhecida como tonsilas palatinas. Nesse caso, os sintomas começam a surgir e os principais deles são:

 

• Dores na garganta;
• Caroço na garganta ou no pescoço;
• Feridas ou aftas sem dor e que perduram por mais de 15 dias;
• Dores ou sensação de ter algo preso na garganta;
• Sangue na saliva;
• Dificuldades para falar;
• Dores de ouvido;
• Mau hálito persistente;
• Entre outros.

 

Fatores de risco

 

É importante ressaltar que alguns hábitos de vida podem influenciar o surgimento de um câncer nas amígdalas.  

 

O consumo de tabaco é um dos principais fatores de risco, já que ele está muito associado ao desenvolvimento de um câncer orofaríngeo. Além disso, o uso excessivo de bebida alcoólica também pode ser prejudicial. 

 

Outro fator importante são as infecções pelo papilomavírus humano, o HPV. Isso acontece muito em casos de alto risco, como o HPV-16. 

 

A exposição a substâncias químicas, como aquelas presentes em produtos de tabaco e bebidas alcoólicas, pode contribuir para o desenvolvimento de câncer nas amígdalas. Além disso, uma dieta pobre em frutas e vegetais pode estar associada a um maior risco. Por isso, é essencial ter uma alimentação saudável, rica em fibras e vitaminas. 

 

Os fatores genéticos também influenciam as chances de desenvolver câncer nas amígdalas. 

 

Como é feito o diagnóstico?

 

O primeiro passo para identificar um câncer de amígdala é analisar a história clínica do paciente. Dessa forma, durante a consulta, o médico deve analisar os fatores de risco que envolvem o histórico do paciente. 

 

Com os dados em mãos, um exame físico detalhado deve ser feito, com uma avaliação da orofaringe, cavidade nasal e região cervical. Além disso, para confirmação do diagnóstico, o médico de cabeça e pescoço deve solicitar alguns exames, como:

 

• Endoscopia digestiva alta; 
• Tomografia computadorizada;
• Ressonância Magnética;
• Laringoscopia;
• Nasofibrolaringoscopia;
• Biópsia para verificação da relação da doença com o HPV.

 

A confirmação da doença só acontece após a biópsia do tecido. Afinal, com esse procedimento é possível identificar dois pontos: o tipo de câncer e o estágio em que a doença se encontra.

 

Quais são os tipos de câncer de amígdala?

 

Existem quatro grupos principais de câncer nas amígdalas, são eles:

 

Carcinomas

 

Dentre os tipos, o carcinoma é o mais comum, sendo o responsável por quase 80% dos casos diagnosticados. Ele é um tumor maligno de natureza epitelial, se desenvolvendo nos revestimentos do tecido linfóide. 

 

Sarcomas

 

Esses tumores são os responsáveis por atingir tecidos moles, como gorduras, tendões e músculos.

 

Linfomas

 

Já os linfomas acometem o tecido linfático.

 

Metástases

 

São tumores que vêm de outras lesões primárias. Eles migram de um lugar ao outro, acometendo outros órgãos. 

 

Como é feito o tratamento do câncer das amígdalas?

 

O tratamento do câncer nas amígdalas costuma ser uma combinação de abordagens. A escolha depende do estágio e da localização do tumor, além da saúde geral do paciente.

 

Muitas vezes, a cirurgia é o primeiro passo para remoção do tumor, incluindo a remoção completa das amígdalas. Se o caso for mais avançado, pode ser necessário remover tecidos adjacentes ou linfonodos afetados.  

 

A radioterapia é utilizada para destruir as células cancerígenas por meio de radiação. Ela pode ser usada sozinha para estágios iniciais ou em combinação com outros procedimentos, como a quimioterapia e a cirurgia.

 

Já a quimioterapia envolve o uso de medicamentos que servem para matar as células com câncer em todo o corpo. Essa terapia é muito utilizada em casos em que a doença tenha se espalhado. 

 

A terapia e a imunoterapia são opções que têm como objetivo estimular o sistema imunológico a atacar o câncer. 

 

Vale destacar que o tratamento é individualizado e considera o estágio do câncer, além da saúde geral do paciente e duas preferências. 

 

Cantor Branco Mello retira tumor das amígdalas

 

No último domingo, 4 de agosto, o cantor Branco Mello passou por uma cirurgia de retirada de um tumor em estágio inicial, em uma das amígdalas.

 

No mês de julho, o artista divulgou em suas redes sociais que se ausentaria dos shows por conta da descoberta da doença em estágio inicial durante exames de rotina.

 

Angela Figueiredo, esposa do cantor, revelou que a cirurgia foi um sucesso e que ele está em processo de recuperação. Ela também agradeceu o apoio e carinho dos fãs. 

 

Branco está em seu terceiro tratamento desse tipo de doença. Ainda em 2021, ele tratou um câncer na laringe e, em 2023, fez a remoção de um tumor na língua. 

 

Considerações finais

 

Conhecer os sinais e os sintomas do câncer nas amígdalas é muito importante para obter um diagnóstico preciso e eficaz. Por essa razão, é essencial se atentar aos sintomas, como: dor de garganta persistente, alterações na voz, dificuldades para engolir, entre outros.

 

Ao perceber esses sinais, procure ajuda médica para a realização de exames. Afinal, a detecção precoce aumenta as chances de um tratamento bem-sucedido.