Câncer dos testículos e morte em jovens

câncer dos testículos

O câncer dos testículos é o tumor mais frequente do homem entre os 15 e os 35 anos. Um estudo indica que haverá um aumento de 26,6% no número de óbitos de 2026 a 2030, quando comparado com o período de 2011 a 2015. 

No Brasil, os mais jovens morrem mais por causa deste tipo de câncer. Vale destacar que, cerca de 60% das mortes são registradas em homens entre 20 a 39 anos.

O testículo é o grande responsável pela manutenção da libido, bem como pela produção dos espermatozóides. Afinal, ele é a principal fonte de testosterona.

Com o diagnóstico precoce, as chances de cura são maiores. Por isso é importante procurar ajuda médica assim que surgirem os primeiros sinais da doença.

Neste artigo, falaremos mais sobre o câncer de testículo , seus fatores de risco e como deve ser feito o tratamento. Para saber mais, continue a leitura!

O que é o câncer dos testículos?

O câncer dos testículos é um câncer relativamente raro, correspondendo a  1-1,5% de todos os cânceres em homens e ocorre entre os 15 e os 50 anos. 

Nas últimas décadas vem havendo aumento contínuo na incidência em países industrializados; felizmente mais de 70% dos pacientes são diagnosticados com doença em fase inicial com excelentes taxas de cura, principalmente devido ao diagnóstico precoce e a sua extrema sensibilidade à quimio e radioterapia.

Prevenção

  • Proteger os testículos da radiação (exemplo: usar protetor nos tratamentos de radioterapia, exames de raios X e tomografia sempre que possível )
  • Corrigir a criptorquidia (testículos que não desceram para a bolsa testicular) antes dos 2 anos de idade
  • Autoexame testicular para diagnóstico precoce
  • Manter um estilo de vida saudável, evitar álcool, tabaco e exposição solar excessiva, além de fazer acompanhamento médico regular.

câncer dos testículos

Fatores de risco para o desenvolvimento de tumores testiculares

  • Histórico de testículos que não desceram para bolsa escrotal (criptorquidia);
  • Síndrome de Klinefelter (doença cromossômica);
  • História familiar de câncer do testículo em parentes de primeiro-grau;
  • Presença de tumor no outro testículo;
  • Achado em biópsia testicular de TIN (neoplasia intraepitelial testicular);
  • Infertilidade;
  • HIV aumenta ligeiramente o risco de 1 tipo de câncer de testículo;
  • Raça branca tem maior incidência que as demais raças.

Sintomas

  •       Nódulo ou inchaço no testículo;
  •       Dor ou desconforto no testículo;
  •       Alterações no tamanho ou forma do testículo;
  •       Sensação de peso no testículo;
  •       Dor no abdômen ou na virilha
  •       Dor ao urinar ou ejacular;
  •       Sangue na urina ou no esperma;
  •       dor óssea (casos avançados);
  •       puberdade precoce;
  •       Massa abdominal  (casos avançados);
  •       Falta de ar (casos avançados).

 

Autoexame do Testículo

Como o câncer dos testículos no início geralmente não apresenta sintomas e pode crescer sem ser notado, é muito  importante o autoexame do testículo para ajudar no diagnóstico de  tumores em estágio inicial, pois  há aumento em 90% das chances de cura quando o câncer é diagnosticado precocemente.

Recomenda-se que os homens examinem a região mensalmente, a partir da puberdade, durante ou após o banho, com das mãos segurando um dos testículo e com a outra palpando-o, observando  a presença  de assimetrias , nódulos, mudanças no tamanho, formato ou consistência, peso, bem como pontos de dor, procurando um médico/urologista  para confirmar achado se encontrar algo .

Diagnóstico do câncer dos testículos

Normalmente, o primeiro sinal que faz um homem procurar ajuda médica é um nódulo rígido na região íntima. Em outros casos, o problema pode ser identificado durante exames para investigação de infertilidade ou de alguma outra doença.

Com os achados do exame clínico dos testículos e do exame físico geral para excluir aumento de linfonodos e massas abdominais palpáveis, o médico avalia o histórico clínico e familiar do paciente. Caso seja necessário, são solicitados exames de imagem dos testículos a ultrassonografia com Doppler colorido.

O teste de sangue pode ser solicitado para análise das dosagens de alfa-fetoproteína e gonadotrofina coriônica humana. Vale destacar que, a biópsia raramente é necessária para o diagnóstico do câncer de testículo

 A avaliação do estadiamento (avaliação se o tumor espalhou para o corpo ou não) do câncer testicular através  dos exames de imagem é fundamental para determinar o tipo de tratamento. Isso geralmente é feito através de :

  • tomografia computadorizada abdominopélvico e de tórax/Raio X de tórax: para avaliação dos linfonodos retroperitoneais e mediastinais e visceras- os  gânglios supraclaviculares podem ser avaliados pelo exame físico.
  • A ressonância magnética é útil somente quando os exames acima mencionados forem inconclusivos ou para pacientes com alergia a contraste.
  • Outros exames como tomografia computadorizada cerebral ou espinhal, cintilografia óssea ou ultrassom de fígado devem ser realizados na suspeita de metástases.

 

Tratamento

  •       A cirurgia para remoção do tumor é o tratamento de primeira escolha.
  •       Dependendo do tipo e estágio do tumor, terapêuticas complementares como quimioterapia ou radioterapia podem ser indicadas.
  •       A  remoção cirúrgica por si só  de apenas um  dos testículo no tratamento pode permitir a  persistência da fertilidade do homem
  •       Casos especiais de remoção apenas do tumor preservando o testículo pode ser considerado para preservar a fertilidade em caso de tumor em testículo único

A mensagem final principal é: faça o auto-exame do testículo periodicamente, pois permite o diagnóstico precoce e o tratamento com altas taxas de cura.