O câncer de pênis é um tipo raro, com maior incidência em homens que têm 50 anos ou mais, embora possa atingir os mais jovens também.
Na Europa e nos Estados Unidos, a incidência de casos é de um para cada 100 mil homens. Além disso, há uma variação de etnia, grupo racial e localização geográfica.
Outros fatores a serem considerados são os hábitos sociais e culturais. As práticas de higiene e religiosas também interferem de forma significativa nos casos desse tipo de câncer.
Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, mostrando formas de prevenção, fatores de risco e o tratamento adequado. Para saber mais, continue a leitura!
Associação de papilomavírus humano (HPV) e câncer de pênis
O HPV é um vírus que tem a capacidade de infectar a pele, além das mucosas oral, genital ou anal. No caso dos homens, a incidência é menos comum do que nas mulheres, entretanto pode acarretar complicações, como o câncer de pênis, por exemplo.
Dicas de como evitar a infecção pelo HPV:
Uso do preservativo
O preservativo masculino é uma das medidas mais importantes na redução do risco de transmissão de diversas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo o HPV. Por isso, use-o corretamente durante toda a relação sexual. Embora não ofereça proteção completa, há uma diminuição considerável nos riscos.
Número reduzido de parceiros sexuais
Ter um número menor de parceiros sexuais pode contribuir significativamente para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis. Quanto menos o número de parceiros a pessoa tiver, menor será sua exposição ao HPV.
Esta é uma estratégia complementar ao uso de preservativos e à vacinação contra o HPV.
Vacina contra o HPV
Todas as vacinas contra o HPV protegem contra os dois tipos da doença, o 16 e o 18. Ambos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
Já a vacina quadrivalente tem a proteção contra os tipos 6 e 11 de HPV, responsáveis por mais de 90% das verrugas que surgem nos genitais dos portadores do vírus.
Outra opção de vacina é a nove-valente, que leva proteção contra os tipos 31, 33, 45, 52 e 58 de HPV, causadores de cerca de 15% dos casos de câncer do colo do útero. O sistema público de saúde brasileiro oferece essa alternativa para crianças e adolescentes a partir dos 9 anos.
As doses são definidas de acordo com a idade, menores de 15 anos precisam de duas doses, mas acima disso são necessárias três.
Higiene genital
A boa higiene genital é essencial para evitar a infecção por HPV. Os homens precisam cuidar da região íntima sempre optando por uma lavagem diária com água e sabão. Isso é necessário para a remoção de sujeira, bactérias e vírus. O mesmo deve ser feito sempre após as relações sexuais.
Após urinar, o homem também precisa verificar se o pênis está seco antes de se vestir, pois essa é forma ideal de evitar fungos.
Outro ponto importante é que, homens com fimose, devem se atentar ainda mais com os cuidados de higiene. Afinal, a pele que cobre o prepúcio oferece maior dificuldade para uma limpeza adequada.
Não fumar
O fumo é um fator de risco para o câncer de pênis, principalmente em casos em que o fumante é portador do vírus HPV. Isso acontece porque fumar deixa seu corpo mais exposto a produtos químicos inalados diretamente para os pulmões.
Essas substâncias passam para a corrente sanguínea e percorrem todo o corpo do futuramente, podendo ser o responsável por gerar o desenvolvimento do câncer de pênis.
Sinais de que algo está errado
Caso note que há algo errado, é importante que o indivíduo procure ajuda médica o quanto antes. Os principais sinais que podem indicar a doença são:
- Caroços;
- Tumoração na glande e na pele;
- Feridas persistentes;
- Inchaço;
- Secreção branca;
- Aumento anormal do tecido da glande;
- Mudanças na cor da pele.
Como é feito o diagnóstico do câncer de pênis?
Para aumentar as chances de cura, evitando uma possível amputação, é essencial a detecção precoce. Por isso, ao sinal das primeiras feridas, é necessário procurar ajuda médica.
Com a suspeita, o médico realiza uma biópsia incisional de qualquer parte das lesões. A ideia é estudar o tecido para avaliar se os tumores são benignos ou malignos. Caso existam dúvidas, uma ressonância magnética pode ser solicitada.
Outro exame importante é a tomografia computadorizada com contraste, que ajuda a detectar linfonodos acometidos ou até mesmo metástases.
As chances de cura são altas quando o diagnóstico é feito rapidamente, mas a verdade é que muitos homens demoram cerca de um ano após o aparecimento das primeiras feridas para então procurar ajuda.
Tratamentos indicados para o câncer de pênis
O tratamento do câncer de pênis tem como premissa a remoção da lesão primária por meio de cirurgia. A quimioterapia e a radioterapia também são opções viáveis para estes casos.
Já nos casos mais avançados, pode ser necessária a amputação do órgão.