A aorta é o maior e o mais importante vaso sanguíneo do corpo humano. Além disso, ela é a responsável por levar o sangue do coração para outras áreas importantes do corpo, como as pernas, o abdômen e a cabeça.

 

Quando há uma ruptura nesse vaso, o indivíduo precisa de atendimento médico urgente. Esse problema é conhecido como aneurisma da aorta. 

 

Neste artigo, falaremos mais sobre essa condição, como é feito o diagnóstico e como tratar. Para saber mais, continue a leitura!

 

O que é o aneurisma da aorta?

 

O aneurisma da aorta é uma condição médica que ocorre quando há um alargamento anormal e localizado nas paredes da aorta. Essa é a maior artéria do corpo humano e a responsável por transportar sangue rico em oxigênio do coração para o resto do corpo. 

 

No caso de um aneurisma, essa área dilatada pode aumentar de tamanho ao longo do tempo e, em casos graves, pode levar à ruptura da parede arterial, resultando em hemorragia interna potencialmente fatal.

 

É importante ressaltar que existem dois tipos principais de aneurisma da aorta: o torácico e o abdominal. 

 

É comum que essa condição seja descoberta apenas durante exames de rotina. Isso acontece porque, muitas vezes, a doença é assintomática. Entretanto, quando existem sinais, o paciente pode sentir dores abdominais, nas costas, pulsação abdominal irregular, sensação de pulsação na barriga, entre outros. 

 

Fatores de risco

 

Existem alguns fatores que podem contribuir para uma maior incidência dessa condição. Alguns deles são:

 

• tabagismo;
• hipertensão arterial;
• histórico familiar de aneurismas;
• idade avançada;
• condições médicas como aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias);

 

O tratamento pode envolver monitoramento regular para aneurismas pequenos, enquanto aneurismas maiores podem requerer cirurgia para evitar a ruptura e suas complicações graves.

 

O aneurisma da aorta é uma condição grave?

 

Infelizmente sim. Dependendo do tamanho do aneurisma, seu rompimento pode ser responsável por uma hemorragia interna.

 

Boa parte dos aneurismas é descoberto ocasionalmente em exames de rotina, como uma ecografia, um eletrocardiograma ou até mesmo um RaioX. Por isso, é muito importante fazer um check up anual. Afinal de contas, quando o aneurisma se rompe, a correção não costuma ser efetiva. 

 

Quais são os sintomas do aneurisma da aorta?

 

Mesmo em tamanho grande, um aneurisma da aorta torácica pode surgir sem provocar sintomas. Entretanto, quando os sinais surgem, pode ser por conta da pressão da aorta em relação aos órgãos, músculos ou nervos próximos à região. Isso significa que o aparecimento de sintomas vai depender da localização do aneurisma. 

 

Os sintomas mais comuns têm início com uma dor na região superior das costas, além de tosse. Por conta da pressão na traqueia, em alguns casos pode haver sangue após a tosse, porém esse não é um sintoma muito comum. 

 

A pressão sobre o esôfago pode causar dificuldades de deglutição. Além disso, pulsações fora do normal no tórax podem ser um indicativo de aneurisma. 

 

Sintomas após a ruptura

 

Quando o aneurisma chega ao momento de ruptura, o indivíduo pode ser acometido por uma dor extrema, tendo início nas costas. É comum que essa dor irradie para o abdômen, conforme há uma progressão do rompimento.  

 

O tórax e os braços também podem ser acometidos, assim como ocorre em um ataque cardíaco. Em pouco tempo, o indivíduo pode entrar em choque por conta da hemorragia, não resistindo à condição. 

 

 

Como é feito o diagnóstico?

 

É comum que o aneurisma da aorta seja diagnosticado quando o paciente faz exames para identificação de outros problemas. Exames como radiografias e ultrassonografias são os responsáveis por detectar a doença “sem querer”.

 

Por conta do risco que uma ruptura pode causar, é essencial que haja um diagnóstico precoce. Por isso, pacientes acima dos 50 anos, considerados no grupo de risco, devem fazer exames de rotina na região torácica. 

 

Caso existam suspeitas de dilatação da aorta, é imprescindível a realização de exames mais completos, como um ecocardiograma, uma tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros. 

 

Como tratar?

 

Essa é uma condição que tem cura. A correção pode acontecer por meio da técnica endovascular ou por cirurgia. Entretanto, existem casos em que não há necessidade de uma intervenção cirúrgica. 

 

Isso acontece em casos em que o aneurisma é considerado pequeno, normalmente com diâmetros que ficam entre 3 e 5,5 centímetros. Acima desses valores há um risco de ruptura, sendo 5,5 cm para homens e 5 cm para mulheres. 

 

Quando o procedimento realizado é a técnica endovascular, o paciente tem um tubo inserido por meio das artérias da perna. No caso cirúrgico, os médicos substituem o aneurisma por um tubo sintético. 

 

Caso Otaviano Costa: apresentador descobriu a doença após exames de rotina

 

O ator e apresentador Otaviano Costa, contou em suas redes sociais ter descoberto um aneurisma da aorta no mês de junho. A notícia foi divulgada mais de 30 dias depois, com a cirurgia já realizada.

 

De acordo com o relato do artista, a condição foi descoberta depois que ele sentiu dores abdominais e resolveu procurar um cardiologista. Um dia antes do aniversário da esposa, a atriz Flávia Alessandra, Otaviano realizou um eletrocardiograma que confirmou o diagnóstico.

 

A cirurgia foi realizada no início da segunda quinzena de julho, no Hospital Sírio Libanês. O artista ficou três dias na UTI para observação do quadro, mas já está no quarto e logo mais terá alta. 

 

Considerações finais

 

Detectar o aneurisma da aorta precocemente é a melhor arma contra a doença. Por isso, exames como a ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética podem ser utilizados para identificação do problema e monitoramento. 

 

Condições como hipertensão arterial, tabagismo, idade avançada, entre outros, são fatores de risco que devem ser levados em consideração. Dessa forma, controlar esses fatores pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento ou crescimento do aneurisma.