Boa parte das pessoas com o diagnóstico de Esclerose Múltipla, acaba passando pelo processo de fadiga em algum momento. De acordo com a Associação de Esclerose Múltipla da América, o percentual pode chegar aos 80%. 

 

Esse é um sintoma que pode trazer muito desconforto ao paciente, já que a fadiga tem como definição ser a sensação de cansaço extremo. Além disso, por ser associada à EM, se torna algo ainda mais difícil de lidar. 

 

Para tratar a fadiga da Esclerose Múltipla, é imprescindível descobrir quais são suas causas. Pensando nisso, neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, mostrando a forma de identificar e tratar. Para saber mais, continue a leitura!

 

O que é Esclerose Múltipla?

 

A Esclerose Múltipla é uma doença que ocorre quando o sistema imunológico do indivíduo ataca o próprio organismo, destruindo a cobertura protetora dos nervos. Com isso, as lesões causadas se transformam em distúrbios na comunicação entre o corpo e o cérebro. 

 

Além da fadiga, a EM é a responsável por diversos sintomas, como: dor, redução da coordenação motora, perda da visão, entre outros. Mas vale destacar que esses problemas são variáveis, de acordo com a gravidade e com o caso do paciente.

 

Algumas pessoas podem ter os sintomas apenas por um determinado período, enquanto outras podem ter a doença em sua forma crônica, passando por sinais que se mantém por toda a vida. 

 

Para retardar a progressão da doença existem dois caminhos: a fisioterapia e o uso de medicamentos. 

 

Essa é uma condição considerada rara, já que atinge menos de 150 mil pessoas por ano no Brasil. Ainda assim, é uma doença que não tem cura. 

 

Quais são as causas da fadiga da Esclerose Múltipla?

 

Não existe ainda uma resposta clara sobre o que é a principal causa da fadiga da Esclerose Múltipla. Por isso, alguns cientistas acreditam que possa ter relação com a ativação constante do sistema imunológico. 

 

Outra possibilidade seria a do cérebro precisar trabalhar mais ativamente em indivíduos diagnosticados com a EM. Isso porque, por meio de exames de ressonância magnética, foi possível identificar que pessoas com a doença, acabam usando uma maior área do cérebro para tarefas comuns. 

 

Neste cenário, o cérebro acaba buscando novas rotas para enviar mensagens, já que os caminhos normais ficam danificados. Para isso, seria preciso um consumo maior de energia do órgão. 

 

A fadiga pode ser causada também pela fraqueza muscular que surge com a doença. Além disso, outras complicações da doença podem trazer os sintomas de cansaço extremo, como: ansiedade, depressão, obesidade, dor crônica, distúrbios do sono, diabetes, infecções, anemia, entre outras. 

 

Por fim, uma última teoria acredita que a fadiga pode ser um efeito colateral pelo uso de alguns medicamentos indicados para o tratamento da dor e da disfunção da bexiga.

 

Como identificar a fadiga da Esclerose Múltipla

 

Primeiramente, é preciso entender que o cansaço normal e a fadiga da Esclerose Múltipla são coisas diferentes. Afinal, no segundo caso, os pacientes descrevem ter a sensação de não conseguir se movimentar direito, além de um sentimento de estarem sobrecarregados fisicamente. 

 

Em alguns casos, a fadiga é descrita como um sentimento mais voltado para o lado mental. Isso é algo compreensível, já que a doença faz com que o cérebro fique mais cansado. 

 

Para identificar a fadiga da Esclerose Múltipla, é preciso ficar de olho em algumas características, como: 

 

• Ela surge todos os dias;
• Mais comum pela manhã;
• Piora com o passar das horas;
• Maior incidência com temperaturas mais altas;
• Pode ocorrer de repente;
• Atrapalha as tarefas do dia a dia.

 

Como tratar?

 

Se você tem Esclerose Múltipla e tem passado por episódios de fadiga, o primeiro passo consiste em discutir possibilidades de tratamento com o médico que cuida do seu caso. 

 

Por ser uma condição multifatorial, seu médico pode solicitar alguns exames para ir mais a fundo a respeito das possíveis causas. 

 

Com os resultados dos testes, o profissional pode indicar os medicamentos ideais para a melhora da fadiga. Além disso, sessões de fisioterapia e terapia ocupacional podem auxiliar na recuperação.

 

Os remédios indicados dependem diretamente da razão do surgimento da fadiga na sua EM. Caso um dos medicamentos atuais seja o responsável, pode ser importante discutir a possibilidade de troca ou ajuste da dosagem. O mais importante é não parar o tratamento sem conversar com o médico primeiro. 

Considerações finais

A fadiga da Esclerose Múltipla é um sintoma que pode trazer muito desconforto aos pacientes. Afinal de contas, muitos deles acabam não conseguindo sequer dar conta das tarefas do dia a dia. 

 

 Se o cansaço extremo estiver trazendo problemas para sua rotina pessoal ou até mesmo profissional, não exite em procurar ajuda do seu médico para saber se há um tratamento que possa te ajudar ou se será preciso um ajuste nos remédios já receitados. 

 

Independente do diagnóstico, o mais importante é buscar formas de manter uma boa qualidade de vida.