Antes de mais nada é preciso entender que o mundo está enfrentando uma epidemia. O novo coronavírus, chamado de COVID-19, que se espalhou da China para pelo menos 16 países.
Surtos de novas doenças infecciosas são tipicamente vistos como “únicos”, mas o novo vírus coloca em destaque nosso risco de doenças transmitidas por animais.
Na verdade, a maioria das novas doenças infecciosas, e várias antigas, vem da vida selvagem.
Acredita-se que o Coronavírus tenha emergido do mercado de frutos do mar de Huanan, na cidade industrial de Wuhan.
O que se sabe é que, antes do fechamento do mercado em 1º de janeiro, ele continha 30 espécies de animais, incluindo filhotes de lobos, salamandras, ratos de bambu, cobras e porcos-espinhos, mantidos vivos em condições precárias enquanto aguardavam a venda.
Especialistas em saúde ambiental em todo o mundo denunciaram o comércio de animais selvagem por seu impacto negativo sobre a biodiversidade e a propagação de doenças, e as vendas foram temporariamente suspensas.
Christian Walzer, veterinário-chefe da Sociedade Internacional de Preservação da Vida Selvagem argumenta que essa proibição é um primeiro passo importante para tornar o comércio de vida selvagem da China permanentemente ilegal.
Qual a diferença entre resfriado e coronavírus?
A diferença entre o Coronavírus é a maneira como o vírus se comporta dentro do corpo humano.
Assim, o coronavírus é mais difícil de detectar e mais difícil de parar, pois muitos portadores têm sintomas leves – a estimativa é que 1 em cada 5 casos tenha sintoma grave.
Há relato de casos de pessoas que ainda não têm sintomas, mas já transmitem o vírus.
O Coronavírus possui uma estratégia de sobrevivência evolutiva muito mais inteligente que o vírus da gripe. No entanto, os esforços não devem se concentrar somente em quão mortal é o vírus, mas também na capacidade de se espalhar – aqui se determina sua verdadeira ameaça.
Em síntese. Trata-se de um vírus menos mortal, mas capaz de se disseminar entre milhares, e de mudar, o que é comum entre os vírus da gripe, é uma grande ameaça à saúde pública.
O que se sabe até agora?
Segundo a Organização Mundial de Saúde o período de incubação, que é o tempo antes do aparecimento dos sintomas, varia de dois a 10 dias.
Essas estimativas podem mudar à medida que mais dados estiverem disponíveis. Muitos dos que contraem o o novo Coronavírus apresentam apenas sintomas leves, como febre, indisposição, tosse e escorrimento nasal (coriza).
Casos mais graves evoluem com febre, tosse, pneumonia e insuficiência respiratória.
A maioria das pessoas se recupera completamente em 1 semana. O vírus pode apresentar um risco específico para pessoas idosas, crianças e pessoas com problemas pré-existentes, como diabetes ou câncer.
O Coronavírus é capaz de infectar humanos e pode ser transmitido de pessoa a pessoa pelo ar, por meio de tosse ou espirro, pelo toque ou aperto de mão ou pelo contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido então de contato com a boca, nariz ou olhos.
Ainda não está claro com que facilidade o Coronavírus é transmitido de pessoa para pessoa.
Por esse motivo, cuidados redobrados com a higiene são necessários.
O que podemos fazer?
Não há um medicamento específico para o Coronavírus. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos.
Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.
O uso da máscara é fundamental para se evitar o contagio. Veja no vídeo abaixo a maneira correta de usa-la:
Para reduzir o risco de infeção é recomendado:
- Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de quadro gripal;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando tossir ou espirrar;
- Evitar tocar mucosas de olhos, boca e nariz;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, pratos, talheres e garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados e arejados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem os sintomas da doença;
- Utilizar máscaras;
- Higienizar frequentemente as mãos com álcool gel ou água e sabão.
Os casos suspeitos devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos, durante esse período o paciente deve utilizar máscara cirúrgica a partir do momento da suspeita e ser mantido preferencialmente em quarto privativo.
Vacina contra o coronavírus
Os Coronavírus humanos comuns causam infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração.
Algumas vezes podem causar infecção mais grave como pneumonia. Existe um esforço da comunidade científica internacional para o desenvolvimento de uma vacina seja feito em um curto prazo.
A vacina da gripe NÃO protege contra o Coronavírus.
Falsas denúncias
A mídia social foi inundada por conselhos duvidosos de saúde e teorias da conspiração, que lançam dúvidas sobre a origem da doença e a escala do surto.
Isso causa ansiedade entre o público e cria pânico, E NÃO AJUDA. Pode inclusive estimular más decisões para si e para suas famílias, colocando as pessoas em perigo.
Utilize informações oficiais, como a do Ministério da Saúde e as da Organização Mundial de Saúde.
No site disponível abaixo você pode receber informações diversas, desde as relacionadas ao COVID-19 , como as relacionadas a saúde geral, dos viajantes, mudanças climáticas e política internacional.
Em conclusão, lembramos que as vitaminas são consideradas medicamentos, com efeitos colaterais, e seus benefícios não foram comprovados contra o COVID-19, bem como para a maioria das viroses.
Alimentação saudável, peso saudável, atividade física, boa higiene pessoal e medidas básicas de saneamento, e as vacinas continuam sendo a base dos cuidados em saúde.
Alguns sites para obter maiores informações
- Sociedade Brasileira de Infectologia: https://www.infectologia.org.br
- Ministério da Saúde http://saude.gov.br/
- Organização Nações Unidas (ONU) : https://news.un.org/pt/
- https://www.worldometers.info/coronavirus/