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Carcinoma nasofaríngeo, você conhece?

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O carcinoma nasofaríngeo é um tipo raro de câncer que se desenvolve na nasofaringe, região localizada atrás do nariz e acima da parte posterior da garganta. Embora menos comum em algumas partes do mundo, ocorre com maior frequência em regiões como o Sudeste Asiático e o Norte da África. 

Neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, mostrando quais são os principais sintomas, fatores de risco e como diagnosticar. Para saber mais, continue a leitura!

O que é carcinoma nasofaríngeo?

Como vimos anteriormente, o carcinoma nasofaríngeo é um câncer maligno que afeta a nasofaringe, área responsável pela comunicação entre o nariz e a garganta.

 Ele se desenvolve a partir de células epiteliais que revestem essa região. O tipo mais comum é o carcinoma indiferenciado, associado ao vírus Epstein-Barr (EBV).

Vale destacar que existem três subtipos principais:

  • Carcinoma não queratinizante: mais frequente e ligado ao EBV.
  • Carcinoma queratinizante: mais raro e menos associado ao EBV.
  • Carcinoma indiferenciado: mais agressivo e propenso a metástases.
Outro ponto importante é que a doença apresenta crescimento silencioso, dificultando o diagnóstico precoce.

Sintomas do carcinoma nasofaríngeo

Essa doença pode ser silenciosa nas fases iniciais, o que dificulta seu diagnóstico precoce. À medida que a doença progride, diversos sintomas podem surgir, afetando o nariz, garganta, ouvidos e até mesmo o pescoço.

  • Congestão nasal persistente, especialmente em um dos lados;
  • Sangramento nasal (epistaxe);
  • Dor de garganta constante;
  • Dificuldade para engolir (disfagia);
  • Mau hálito persistente;
  • Perda auditiva unilateral;
  • Sensação de ouvido entupido;
  • Zumbido;
  • Aparecimento de nódulos linfáticos aumentados e indolores;
  • Dormência ou formigamento facial;
  • Visão dupla;
  • Paralisia facial em casos mais avançados.
Estes sinais podem ser confundidos com infecções respiratórias comuns, como sinusite ou otite. Entretanto, sintomas persistentes ou a combinação de vários deles requer avaliação médica imediata.

A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento e evitar complicações mais graves. câncer nasofaríngeo

Fatores de risco

O carcinoma nasofaríngeo está associado a diversos fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença. Entre eles, destacam-se:

  1. Fatores Genéticos: histórico familiar de carcinoma nasofaríngeo eleva significativamente o risco devido à predisposição hereditária.
  2. Infecção pelo Vírus Epstein-Barr (EBV): a exposição ao EBV está fortemente ligada ao desenvolvimento desse câncer.
  3. Hábitos Alimentares: consumo frequente de alimentos defumados, fermentados ou ricos em conservantes (nitritos e nitratos) aumenta a vulnerabilidade.
  4. Tabagismo e Álcool: o uso prolongado de cigarro e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas são fatores de risco conhecidos.
  5. Exposição Ocupacional: contato com substâncias químicas tóxicas, como poeira de madeira e solventes industriais, também pode contribuir.
  6. Origem Geográfica: a doença é mais comum no Sudeste Asiático e no Norte da África, sugerindo uma influência genética e ambiental.
Evitar fatores de risco modificáveis pode ajudar na prevenção e no diagnóstico precoce dessa condição.

Diagnóstico do câncer de nasofaringe

O diagnóstico do câncer de nasofaringe envolve uma avaliação clínica detalhada e exames específicos. O médico investiga o histórico de saúde do paciente e realiza um exame físico, verificando nódulos no pescoço e sinais nasais ou orais suspeitos. 

Se houver suspeita, uma endoscopia nasal é realizada para visualizar diretamente a nasofaringe. Durante o procedimento, pode ser coletada uma biópsia para análise histológica e confirmação do tipo de tumor.   Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e PET scan, ajudam a identificar a extensão do câncer e possíveis metástases. Testes sanguíneos também podem ser feitos para detectar a presença de anticorpos relacionados ao vírus Epstein-Barr (EBV), frequentemente associado a essa doença.

 O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz, sendo recomendável buscar atendimento médico ao notar sintomas persistentes, como nódulos no pescoço, congestão nasal ou perda auditiva unilateral.

Tratamento adequado

O tratamento do carcinoma nasofaríngeo depende do estágio da doença, da saúde geral do paciente e da extensão do tumor.

 A radioterapia é a principal forma de tratamento, especialmente para casos iniciais, devido à localização difícil de operar. Em estágios avançados, combina-se a radioterapia com a quimioterapia para aumentar as chances de controle do câncer e prevenir a propagação.

 A cirurgia é raramente utilizada, sendo uma opção apenas quando o tumor é resistente ou recidiva após outros tratamentos. Terapias-alvo e imunoterapia também estão sendo exploradas para casos mais graves ou resistentes. O acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar possíveis efeitos colaterais e avaliar a resposta ao tratamento. 

A estratégia multidisciplinar envolvendo oncologistas, otorrinolaringologistas e radioterapeutas garante um plano de tratamento personalizado, proporcionando melhores resultados e uma melhor qualidade de vida para o paciente.

Considerações finais

O carcinoma nasofaríngeo é um tipo de câncer raro, mas potencialmente grave devido à sua localização e sintomas sutis nas fases iniciais. 

A detecção precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento, uma vez que a doença pode evoluir rapidamente e comprometer estruturas vitais. 

Conhecer os sintomas, como nódulos no pescoço, congestão nasal persistente e perda auditiva unilateral, ajuda na identificação precoce e na busca imediata por atendimento médico. Além disso, a compreensão dos fatores de risco, como infecção pelo vírus Epstein-Barr, histórico familiar e hábitos alimentares inadequados, permite a adoção de medidas preventivas.

 O tratamento adequado envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo radioterapia, quimioterapia e, em alguns casos, cirurgia. 

A pesquisa contínua em terapias-alvo e imunoterapia oferece esperança para o futuro. A informação e o cuidado são as melhores ferramentas na luta contra essa doença, promovendo uma melhor qualidade de vida e maiores chances de recuperação.

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Por Equipe Mega Imagem em 10/12/2024