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Na última segunda-feira (28), o deputado estadual Eduardo Suplicy divulgou que foi diagnosticado com não Hodgkin. Desde o mês de julho, o político tem feito tratamento, já tendo recebido quatro das seus aplicações do total do tratamento.
Neste artigo, falaremos mais sobre a doença, mostrando quais são os sintomas, como o diagnóstico é realizado e o tratamento adequado. Para saber mais, continue a leitura!
O que é Linfoma não Hodgkin?
O linfoma é um tipo de sangue que surge no sangue, assim como acontece com a leucemia. Contudo, a seu início ocorre no sistema linfático, uma rede com pequenos vasos e gânglios linfáticos, fazendo parte tando do sistema imune quanto do circulatório.
No organismo humano, o sistema efetua a coleta e o redirecionamento do linfa, um líquido claro, para o sistema circulatório. Esse material contem os glóbulos brancos, que são células de defesa, também conhecidas como linfócitos.
Ainda nesse sistema existem os gânglios linfáticos, conhecidos como nódulos linfáticos ou linfonodos, além de órgãos como o timo, baço e amígdalas. Todas essas estruturas estão ligadas diretamente à produção de línfócitos, incluindo o tecido linfático do sistema digestivo e a medula óssea.
Vale ressaltar que existem dois tipos de linfomas: o de Hodgkin e o não Hodgkin. O segundo é dividido em três partes distintas, indo de acordo com a célula atingida, são eles:
Linfomas de células B
Dentre os tipos, esse é o mais comum, representando cerca de 30% dos diagnósticos. É comum que ele acometa pessoas com mais idosas, apresentando crescimento rápido dos linfonodos nas axilas, virilhas, pescoço, além de outros órgãos, como a medula óssea, o cérebro, entre outros.
Linfomas de células T
Diferente do anterior, o linfoma de células T é muito mais raro. Entretanto, também costuma surgir em pacientes mais velhos, nesse caso acima dos 60 anos.
Dentre seus subtipos estão: angioimunoblástico, anaplásico de grandes células e extranodal.
Linfomas de células NK
Apesar de raro, o linfoma natural killer é um dos tipos mais agressivos de linfoma não Hodgkin. Seu prognóstico é ruim, com uma taxa de sobrevida inferior a % em cinco anos. Além disso, sua evolução é rápida e pode ser um processo mutilante para o paciente.
Quais são os sintomas?
Os sintomas do linfoma não Hodgkin pode ser variável, já que depende do paciente, seu histórico e o avanço da doença. Entretanto, alguns sinais podem ser mais comuns:
febre;
suores noturnos intensos;
inchaço sem dor nos gânglios linfáticos;
erupção cutânea avermelhada;
náuseas;
vômitos;
dores abdominais;
perda de peso inexplicável;
cansaço;
coceira;
dores de cabeça;
dificuldade de concentração;
Em casos mais agressivos da doença, os sintomas que podem surgir são:
dor no pescoço;
dor nos braços;
dor no abdome;
dificuldade para respirar;
fraqueza nas pernas e braços;
Confusão mental.
Como é feito o diagnóstico do Linfoma não Hodgkin?
Caso o paciente apresente aumento nos gânglios, o médico tem como primeiro passo, realizar um exame físico minucioso. O processo envolve apalpar as regiões em que os nódulos costumam surgir e se manterem mais visíveis, como o pescoço, as virilhas e as axilas.
Um ponto que precisa de atenção é que os gânglios podem surgir em outras regiões mais imperceptíveis, como o abdome e o tórax.
Mas além da análise clínica, é imprescindível realizar exames de imagem para confirmar o diagnóstico. Além disso, pode ser necessária uma biópsia para saber se é ou não um linfoma.
Além disso, pode ser solicitada também a biópsia da medula óssea. O procedimento acontece por meio de uma agulha, quando há a remoção de um pequeno fragmento do osso na região lombar.
Os principais exames de imagem para o diagnóstico do linfoma não Hodgkin são:
Tomografia computadorizada
Na tomografia, 0 paciente dica deitado em um equipamento que faz imagens de raio-x em pequenas fatias de determinadas regiões do corpo. As imagens são avaliadas e se torna possível identificar algum linfonodo ou órgão aumentado no corpo.
Ressonância magnética
Já a ressonância magnética utiliza ondas eletromagnéticas para formar imagens, permitindo que o profissional da saúde possa avaliar os órgãos internos de uma forma mais ampla. Mas é preciso deixar claro que esse exame não costuma ser tão pedido quando a tomografia para suspeitas dessa doença.
Pet Scan
Outro exame importante é o Pet Scan, que mede variações nos processos bioquímicos do organismo. Ele serve para mostrar se o paciente apresenta algum gânglio linfático aumentado ou se o tratamento está fazendo efeito. Sua realização envolve o uso de uma injeção de glicose, ligada a um elemento radioativo.
Tratamento do Linfoma não Hodgkin
Os tratamentos mais comuns para o tratamento de linfoma não hodgkin são: quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, transplante de células-tronco e terapia celular com CAR-T cell.
É importante não esquecer que o paciente precisa passar por acompanhamento psicológico. Afinal de contas, é muito comum que pessoas com doenças graves fiquem abaladas emocionalmente, acarretando outros problemas que envolvem a saúde mental.
Pessoas com o linfoma não Hodgkin podem ter uma taxa de sobrevida relativa geral de 5 anos em até 74%. Mas um ponto que deve ser levado em conta é que isso pode variar de acordo com o estágio da doença e do quadro geral da saúde do paciente.
Considerações finais
O linfoma não Hodgkin é uma doença que pode surgir em diversos estágios, mas com boas chances de cura. Nesse caso, o principal passo é se atentar aos primeiros sintomas e procurar ajuda médica assim que possível.
Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as chances de sucesso. Alguns pacientes podem passar pelas terapias tradicionais, como a quimio e a radioterapia. Entretanto, hoje é possível realizar procedimentos menos convencionais, como transplante de células-tronco e terapia celular com CAR-T cell.
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