Narrar
Parar
Contraste
Aumentar
Diminuir
O lipedema é uma condição crônica e dolorosa caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente nas pernas, quadris e braços, afetando majoritariamente mulheres.
Embora ainda seja pouco conhecido, condição vai além de uma simples questão estética, trazendo muitos impactos na qualidade de vida. Entre os cuidados essenciais para o controle dos sintomas, a alimentação tem papel muito importante.
Neste artigo, você vai entender como a dieta pode ajudar no tratamento do lipedema, quais alimentos são aliados e quais devem ser evitados para aliviar dores, inchaços e inflamações. Para saber mais, continue a leitura!
O que é lipedema?
Como citamos anteriormente, o lipedema é uma doença vascular crônica, responsável por causar um aumento desproporcional de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços. Isso provoca dor na região e incômodo.
Vale destacar que a doença tem causas genéticas e atinge principalmente as mulheres em idade reprodutiva.
Outro ponto importante é que pessoas com lipedema podem ter um tronco mais fino e concentração de gordura abaixo da cintura.
Essa é uma condição diferente do linfedema, conhecido por aumentar a circunfeência da perna por meio de acúmulo de líquidos.
Sintomas do lipedema
Assim que os sintomas surgem, é preciso procurar ajuda médica. Os principais sinais do lipedema são:
Acúmulo de gordura nos glúteos, pernas, quadril e tornozelos;
Nódulos na região;
Inchaço na região afetada;
Dificuldades para caminhar;
Dores nas articulações;
Sensação de pernas pesadas;
Falta de elasticidade na pele do local afetado;
Vasinhos vermelhos ou roxo na região;
Caroços de gordura acima ou abaixo do joelho.
Um ponto que merece atenção é o possível acúmulo de células de gordura causado pelo lipedema caso não seja tratado de maneira correta. Esse é um problema que pode bloquear os vasos linfáticos.
Fatores de risco
O lipedema ainda é uma condição subdiagnosticada, mas estudos apontam alguns fatores de risco importantes que ajudam a entender por que ele se manifesta em determinadas pessoas.
O principal fator de risco é genético ou seja, é comum que o lipedema atinja várias mulheres da mesma família, o que indica forte influência hereditária. Além disso, ele costuma surgir ou piorar em momentos de alterações hormonais, como puberdade, gravidez ou menopausa, sugerindo que os hormônios femininos desempenham um papel relevante no desenvolvimento da doença.
Outro fator de risco importante é o sexo feminino: cerca de 11% das mulheres são afetadas, enquanto casos em homens são extremamente raros.
Apesar de o sobrepeso não causar o lipedema, ele pode agravar os sintomas, já que o excesso de gordura corporal comum pode se somar ao acúmulo específico do lipedema, dificultando o diagnóstico e o tratamento.
É importante destacar que o lipedema não é causado por sedentarismo ou alimentação inadequada, embora hábitos saudáveis possam ajudar a controlar a evolução da condição. Por isso, reconhecer os fatores de risco e buscar diagnóstico precoce é essencial para melhorar a qualidade de vida e evitar complicações futuras.
Exames necessários para o diagnóstico
O diagnóstico do lipedema é, em grande parte, clínico, ou seja, feito com base na avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela paciente. No entanto, alguns exames de imagem podem ser solicitados para descartar outras condições, como linfedema, obesidade localizada ou problemas vasculares, e para ajudar a confirmar a suspeita.
Um dos exames mais utilizados é a ultrassonografia com doppler venoso, que avalia o fluxo sanguíneo nas veias das pernas. Esse exame ajuda a excluir insuficiências venosas, que podem causar inchaço e dor semelhantes às do lipedema.
Outra ferramenta complementar é a bioimpedância elétrica, que estima a composição corporal, permitindo identificar desproporções entre membros superiores e inferiores.
Em alguns casos, o médico pode solicitar uma ressonância magnética ou uma tomografia, principalmente para estudar melhor os tecidos adiposos e analisar a distribuição da gordura. Esses exames não são obrigatórios, mas podem ser úteis em casos mais complexos.
Tratamento para o lipedema
O tratamento do lipedema é multidisciplinar e tem como principal objetvo aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e frear a progressão da doença. Não existe cura definitiva, mas há diversas estratégias eficazes.
A base do tratamento inclui alimentação anti-inflamatória, prática regular de atividades físicas de baixo impacto, como caminhada e hidroginástica, e uso de meias de compressão para ajudar na circulação e no controle do inchaço.
A drenagem linfática manual é outro recurso importante, pois estimula o sistema linfático e reduz o acúmulo de líquidos. Em casos mais avançados ou com dor intensa, pode-se considerar a lipoaspiração específica para lipedema, realizada por profissionais especializados, com foco na remoção do tecido adiposo doente, preservando vasos linfáticos.
Além disso, o acompanhamento com nutricionistas é muito importante para uma boa dieta.
Alimentação adequada para lipedema
Quem tem lipedema precisa alinhar o tratamento com uma dieta balanceada e que seja anti-inflamatória. Por isso, o primeiro passo é evitar alimentos processados, excesso de carboidratos e açúcar refinados.
O ideal é apostar em gorduras saudáveis, proteínas magras, legumes, verduras e frutas que tenham um efeito oxidante.
Dentre as proteínas magras, aposte em ovos, frango e peixes como: salmão, sardinha e atum. Além disso, escolha gorduras saudáveis como azeite de oliva, castanhas, sementes de chia e linhaça.
Frutas vermelhas, laranja, kiwi, melancia, abacaxi, verduras verdes e coloridas também devem fazer parte do dia a dia.
Alimentos a serem evitados
É muito importante evitar alimentos inflamatórios, como: alimentos processados, carboidratos refinados, açúcares, gorduras saturadas e trans, além de óleos vegetais refinados.
Além da boa alimentação, é imprescindível se hidratar e realizar atividades físicas regularmente, podendo ser musculação, natação e caminhada.
Considerações finais
O lipedema é um problema de saúde e também estético. Por isso, é importante se atentar aos sintomas para evitar maiores problemas.
Com os primeiros sinais, é importante buscar ajuda médica, realizar os exames necessários e iniciar o tratamento o quanto antes.
Gostou deste artigo? Acesse nosso blog e leia sobre o que é o lipedema e suas consequências.
Em resumo
Qual é o cardápio de dieta para quem tem lipedema?
Para quem tem lipedema, o ideal é tomar café da manhã com proteínas magras, como ovos, por exemplos. Além disso, as outras refeições devem contar com frango, arroz, feijão, atum, entre outros.
Quais alimentos são proíbidos para quem tem lipedema?
O primeiro passo para evitar maiores problemas com a doença é não consumir alguns alimentos, como: industrializados, açúcares, carboidratos refinados, entre outros.
Quais são as orientações nutricionais para o lipedema?
De acordo com os nutricionistas, é muito importante contar com uma dieta anti-inflamatória e que seja rica em alimentos naturais e frescos, além e evitar o consumo de processados.