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A candidíase é uma infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, comumente Candida albicans, que normalmente habita a pele, boca, trato gastrointestinal e genitais.
Embora pequenas quantidades de Candida sejam geralmente inofensivas, fatores como o uso de antibióticos, sistemas imunológicos enfraquecidos e desequilíbrios hormonais podem levar ao crescimento excessivo do fungo, resultando em candidíase.
Tipos de Candidíase
A candidíase é uma infecção fúngica que pode afetar diversas partes do corpo, resultando em diferentes tipos de manifestações clínicas. Conhecer esses tipos é essencial para compreender melhor a condição e buscar o tratamento adequado.
Candidíase Oral
Também conhecida como sapinho, a candidíase oral é caracterizada pelo crescimento excessivo de fungos Candida na mucosa da boca e na língua. Isso pode resultar em manchas brancas ou placas na boca, língua e garganta, muitas vezes acompanhadas por dor e dificuldade ao engolir.
É comum em bebês, pessoas com sistema imunológico enfraquecido e indivíduos que usam próteses dentárias.
Candidíase Genital
Esta forma de candidíase afeta as áreas genitais, tanto em homens quanto em mulheres. Em mulheres, pode resultar em sintomas como corrimento vaginal anormal, coceira, irritação, vermelhidão e dor durante a relação sexual. Em homens, pode causar vermelhidão, inchaço, coceira e irritação no pênis.
A candidíase genital é comum e pode ser transmitida através do contato sexual desprotegido com um parceiro infectado.
Candidíase Cutânea
A candidíase cutânea ocorre quando o fungo Candida afeta a pele, geralmente em áreas quentes, úmidas e propensas a atrito, como dobras de pele, axilas, virilhas e sob os seios.
Isso pode levar ao surgimento de lesões vermelhas, úmidas e com coceira, que podem se espalhar para áreas adjacentes. A candidíase cutânea é mais comum em bebês, pessoas obesas e indivíduos que suam excessivamente.
Outros Tipos
Além desses tipos comuns, existem outras formas menos frequentes de candidíase, como a candidíase esofágica, que afeta o esôfago, a candidíase sistêmica, que pode se espalhar para outros órgãos do corpo, e a candidíase ungueal, que afeta as unhas.
Cada tipo de candidíase pode apresentar sintomas específicos e exigir abordagens de tratamento distintas.
Causas e fatores de risco
A candidíase é uma infecção fúngica desencadeada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, particularmente a espécie Candida albicans, que normalmente habita várias áreas do corpo humano, incluindo a pele, boca, trato gastrointestinal e genitais. Essa proliferação do fungo pode ser influenciada por uma variedade de fatores que desequilibram a flora microbiana do corpo, permitindo que a Candida se multiplique e cause infecção.
O uso prolongado de antibióticos é uma das principais causas da doença, pois esses medicamentos não apenas eliminam as bactérias patogênicas, mas também as bactérias benéficas que normalmente controlam o crescimento do fungo Candida. Isso resulta em um ambiente propício para a proliferação do fungo.
Além disso, indivíduos com sistema imunológico enfraquecido, devido a condições como HIV/AIDS, câncer ou diabetes não controlada, têm maior suscetibilidade à doença, pois o corpo é menos capaz de combater infecções fúngicas.
Alterações nos níveis hormonais também podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da doença. Mudanças hormonais durante a gravidez, uso de contraceptivos hormonais ou terapia hormonal podem criar condições favoráveis ao crescimento do fungo Cândida.
A obesidade também está associada a um maior risco de desenvolvimento da doença, especialmente a forma cutânea, devido à maior propensão ao acúmulo de umidade e calor em dobras de pele, criando um ambiente ideal para o crescimento do fungo.
Práticas sexuais desprotegidas podem aumentar o risco de candidíase genital. Outros fatores de risco incluem o uso de:
Corticosteroides;
Estresse crônico;
Diabetes mal controlada;
Uso de roupas apertadas e úmidas por longos períodos;
Condições que causam diminuição da produção de saliva ou redução da acidez estomacal.
Reconhecer e gerenciar esses fatores de risco é essencial para prevenir o desenvolvimento da doença e manter a saúde geral.
Diagnóstico da Candidíase
O diagnóstico da candidíase geralmente é feito por um médico com base nos sintomas apresentados e em exames físicos.
Em muitos casos, amostras de tecido ou secreções afetadas são coletadas para exame microscópico ou cultivo em laboratório, a fim de confirmar a presença do fungo Candida.
Em casos de candidíase oral, o médico pode realizar um exame oral visual para identificar lesões características. O diagnóstico adequado é essencial para um tratamento eficaz.
Tratamento da Candidíase
O tratamento geralmente envolve o uso de antifúngicos, que podem ser administrados oralmente, topicamente ou por via intravenosa, dependendo da gravidade da infecção e do tipo de Candida envolvido. Os antifúngicos comuns incluem o fluconazol, clotrimazol, miconazol e nistatina.
Além do tratamento medicamentoso, é importante adotar medidas higiênicas adequadas, como manter a área afetada limpa e seca, evitar roupas apertadas e úmidas e seguir uma dieta equilibrada.
Em casos recorrentes ou mais graves, pode ser necessária uma abordagem terapêutica mais abrangente, incluindo o tratamento de condições subjacentes que possam estar contribuindo para a infecção.