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O câncer de pâncreas ou conhecido como adenocarcinoma pancreático, é o tipo mais comum de câncer pancreático é uma condição letal com aumento da incidência e se apresenta em estágios mais avançados.
A doença tem um mal prognóstico se descoberto em um estagio mais avançado. Um teste de rastreio aceitável ainda não foi identificado, portanto os fatores de risco devem ser conhecidos para ajudar em uma detecção precoce.
Seu tratamento teve modesta melhora nos últimos anos. Há uma tendência geral de taxas de incidência mais altas em homens e mulheres em países desenvolvidos em comparação com países em desenvolvimento. Essa diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sugerem que fatores ambientais podem estar associados a esse aumento
Fatores de Risco do Câncer de Pâncreas
Não modificáveis
Em relação aos fatores de risco temos os não modificáveis como idade, sexo, etnia, grupo sanguíneo, microbiota intestinal, fatores genéticos e história familiar, diabetes. E os modificáveis que se enquadram o tabagismo, álcool, pancreatite crônica, obesidade, dieta, infecção e estágio no momento do diagnóstico.
Em relação à idade, observamos que o câncer de pâncreas é típico de pessoas com maior faixa etária, sendo raro antes dos 30 anos sendo mais comum a partir dos 55 anos e a maioria na sétima e oitava década de vida.
Em relação ao sexo é maior em homens do que em mulheres principalmente em países desenvolvidos.
Nos EUA o risco é maior em afro americanos e mais baixa em americanos descendentes de asiáticos, talvez pela maior exposição ao tabagismo , consumo de álcool, maior índice de massa corporal e de diabetes , talvez com interação genética.
O risco de desenvolver o câncer de pâncreas pode estar associado ao tipo sanguíneo também, com menor incidência em pessoas do tipo. O em relação ao tipo A, AB ou B, talvez por diferenças de algumas enzimas ou diferença de estados inflamatórios entre os vários tipos.
Talvez haja relação do tipo de microbiota intestinal com o risco de câncer, porém mais pesquisas precisam ser realizadas para avaliar a possibilidade de prevenção por esse mecanismo.
Em 10 a 15% dos novos casos, ocorre antecedentes familiares de dois ou mais parentes de primeiro grau com essa doença. Aumenta mais de 9 vezes a chance de câncer em relação às pessoas que não tem antecedentes.
Modificáveis
Em relação aos fatores modificáveis temos o tabagismo como o principal fator em relação a quem nunca fumou. Uma meta-análise de 82 estudos publicados descobriu que há um risco aumentado de 74% de câncer de pâncreas em fumantes e um risco aumentado de 20% em ex-fumantes, em comparação com nunca fumantes. Este estudo também descobriu que após a cessação do tabagismo, o risco permanece por pelo menos 10 anos, enquanto outros mostraram que pode levar até 20 anos após a cessação do tabagismo para que o risco retorne aos níveis basais. O Pancreatic Cancer Cohort Consortium relatou achados semelhantes e também descobriu que o risco aumentou com a duração do tabagismo (> 50 anos) e o número de cigarros fumados (> 30 cigarros).
Em pessoas com alto consumo de álcool pode aumentar 15% o risco. O consumo crônico de álcool pode estar associado a pancreatite crônica que também é um fator de risco.
Pancreatite crônica
A pancreatite crônica é uma condição inflamatória progressiva do pâncreas que leva à fibrose e perda de células. Aproximadamente 5% desses pacientes desenvolverão câncer pancreático durante a vida. Os resultados combinados de sete estudos que investigaram a pancreatite crônica e encontraram risco significativamente 13 vezes maior de câncer pancreático nesses pacientes, em comparação com a população geral ou controles. A incidência é relativamente baixa e o maior risco inferem que os pacientes com pancreatite crônica podem ser um grupo-alvo potencial para o rastreamento do câncer de pâncreas, se um teste eficaz puder ser encontrado e o longo período de latência for contabilizado.
Alimentação e obesidade
Com o aumento da obesidade, as pesquisas mostram que há um aumento de 10 % do risco em cada aumento de 5 unidades do IMC (índice de massa corporal = peso/altura ao quadrado) sem diferença entre homens e mulheres. Esse fator pode justificar o importante aumento do câncer de pâncreas nos últimos anos.
Talvez um aumento de consumo de carne vermelha ou de carne processada, alimentos que contenham frutose. Ainda são necessárias pesquisas para confirmar essa associação.
A infecção por Helicobacter pylori ou hepatite C pode estar associada ao câncer de pâncreas , porém são necessários mais estudos.
Entretanto, uma boa alimentação pode ajudar na redução do risco do câncer.
Diagnóstico
O prognóstico da doença depende do estágio em que foi detectado. Apenas 20 % são ressecáveis cirurgicamente. Se houverem metástases locais ou a distância, a média de sobrevida pode ser de apenas 6 a 11 meses. O pâncreas é um órgão alongado com três partes: cabeça, corpo e cauda. A maioria dos cânceres se encontra na cabeça do pâncreas.
Se houver detecção de cistos recomenda se controle em 6 a 12 meses e se a lesão for sólida recomenda se imediata ressecção, sendo realizado controle após sua retirada em curto prazo.
Além disso, pode ser indicada realização de Ressonância Magnética, Colangiopancreatografia e Ecoendoscopia.
Como o câncer de pâncreas é raro não se recomenda o rastreamento de rotina, porém se houverem sintomas mesmo vagos são indicados exames.
Entre os sintomas mais comuns, quando já em casos mais avançados está a perda de peso e a falta de apetite. Além disso, o corpo pode apresentar icterícia (olhos amarelados), fezes de cor clara ou oleosa, coceira na pele, entre outros.
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